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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

L'Acqua Di Fiori



Nascida em outubro de 1980, em Belo Horizonte, a marca de fragrâncias de perfumes, L'acqua di Fiori, que traduzindo do italiano quer dizer "água de flores",  é hoje uma das maiores redes de perfumaria do país.

Ladro: Um dos perfumes mais famosos da marca. Linha masculina.

Do projeto inicial, de reunir em um mesmo espaço suas concentrações de perfume, guarda perfeita sintonia aliada à preocupação com as tendências internacionais do ramo.

 Conhecidos perfumes da linha para mulheres: Inizzio (1995) e Ozone (1993).

A marca é bem premiada e mantém relação com profissionais renomados do mundo todo.
Outro produto clássico: Hit.

Hoje a empresa trabalha com segmentos diversificados, são mais de 300 itens distribuídos nos grupos: perfumaria, aromaterapia, maquiagem, produtos para o rosto, produtos para o corpo, produtos para o cabelo, linha solar e linha infantil e possui mais de 900 lojas distribuídas por todo o país, devido ao sucesso de um projeto no mercado de franquias, e já se envereda na distribuição de seus produtos no mercado estrangeiro.
 Para manter a tradição de inovação e design arrojado, o Evolution

O frasco do perfume Evolution foi desenhado pelo renomado designer francês Jérome Dinand, e foi inspirado na velocidade dos movimentos. no contraste das formas e dos pensamentos do nosso tempo. (http://phynesse.blogspot.com)
 
Entrevista com Antônio Estáquio Mesquita - Diretor industrial da empresa:

domingo, 25 de dezembro de 2011

Pico do Ibituruna

A 320km de Belo Horizonte, na cidade de Governador Valadares, e em uma altitude de 1.123m situa-se o pico do Ibituruna,  conhecido como o melhor ponto para a prática de vôo livre do Brasil. A cidade de Governador Valadares respira o clima da prática deste esporte radical.
Governador Valadares vista do alto do pico. Original: clique!

Há quem diga que o ponto é o melhor do mundo para se saltar de asa delta ou de para glide. Em época de bons ventos pode-se voar por 100km.

A prática do vôo livre é constante, mas ainda se pratica outros esportes radicais no local.

O ar quente garante a autonomia do vôo demorado e a paisagem vista de cima pelos voadores durante o percurso compensa o esforço físico desprendido durante as manobras de condução da asa.
Uma linda apresentação do pico com o rio Doce a seus pés. Foto original: Clique!

Ao pé do pico está um dos mais conhecidos rios de Minas: o rio Doce. Um rio que aos trancos e barrancos atravessa o Estado do Espírito Santo e vai desembocar no mar.
O Pico do Ibituruna, ou Pedra Negra em tupi-guarani, é um dos muitos patrimônios naturais tombados do Estado de Minas Gerais. Assim como a Serra do Cipó, seu solo também data do período pré-cambiano e é formado por resfriamentos de vulcões vindos de invasão marítma.

No alto do pico a temperatura vai de 25º (dia) a 12º (noite). Uma variação considerada amena com relação ao topo de 40º da cidade de GV.
Rampas de decolagem. Original ampliado: Clique!

Há no pico duas rampas de madeira para a decolagem dos pilotos e duas naturais. O uso é regularizado por órgãos da aeronáutica. Todo o conjunto paisagístico da região é apropriado aos esportes radicais: canoagem, mountain bike, motocross, rapel, escalada e outros.

Clique o vídeo para assistí-lo diretamente do canal do autor, juntamente com outros vídeos.

Revistas estrangeiras registraram: Governador Valadares é a Meca do vôo livre. Realmente, em se tratando de paisagem, vale a pena conferir.

Clique os anúncios de nossos anunciantes para ajudar a manter este projeto!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Presépio Natural Mãos de Deus

 FOTO: Jornal Hoje em Dia. Original: Clique!

A partir de 2011, o Estado de Minas Gerais passou a contar com mais um presépio insólito. No perímetro urbano da encantadora "cidade de pedra" de Grão Mogol, conhecida por diversos atrativos, entre eles sítios arqueológicos, e que data do século XVIII, devido à exploração de diamantes, situada ao Norte de Minas a 576km da Capital,  foi inaugurado em uma área de 3,6 mil m2 o maior presépio de pedras ao ar livre do mundo.
Detalhe das esculturas. FOTO: Jornal Montes Claros. Original: Clique!

Denominado Presépio Natural Mãos de Deus, "um aglomerado rochoso de pedras sobre pedras em harmonioso desalinho", conforme define o construtor do projeto, o economista e ex-presidente da Associação Comercial de Minas Lúcio Bemquerer, que contou com a ajuda de sua esposa. O empresário diz ter apenas trabalhado a infraestrutura para acesso de visitantes ao local. São 72m2 de frente e 30 m2 de altura, que para levantar os quais foram utilizados 1,2 mil m2 de pedras São Tomé oriundas da própria cidade e o ferro que compõe os corrimões chega a 1,5km. O custo total da obra foi de, aproximadamente, R$ 600 mil.
O escultor Antônio da Silva Reis produziu as peças em seu atelier em Contagem, Minas Gerais.
FOTO: Jornal O Tempo. Original: Clique!

São 17 personagens bíblicas, esculpidas em cimento pelo escultor Antônio da Silva Reis em tamanho natural. Podem ser encontrados: Nossa Senhora jovem e mãe; São José; o Menino Jesus; anjo Gabriel (e outro anjo); pastores (2); Reis Magos (3) cavalo, boi, galo, carneiros (2) e burro. Os visitantes têm acesso aos personagens como num palco de teatro.

Para gerir a atração foi criado o Instituto Mãos de Deus.

FONTE PRINCIPAL DE PESQUISA: Jornal Hoje em Dia.Acesso em 20/12/2011. 11:30h.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Bolo de Fubá

Ô, Dona Joana
cadê o bolo de fubá?
Ô, Dona Joana
cadê o bolo de fubá?

Se é por falta de farinha,
diz aí que eu vou buscar.

O galo já cantou,
a coruja foi dormir,
o café já está no bule,
pra roça tenho que ir.

Não importa, seu Arlindo
se já sabem do beabá.
Eu não vou para o batente
sem meu bolo de fubá.

("Bolo de fubá". T-Kaçula e Renato Dias. Samba rural urbano. São Paulo.


A letra da canção esboça bem o cotidiano na roça e a relação do mineiro do interior com o bolo de fubá, embora seja uma gravação oriunda de São Paulo.

Foi difícil encontrar algo idôneo sobre a origem dessa iguaria tão presente nas mesas mineiras da Capital e do interior. O aparecimento e a cultura do milho, da moagem do qual se extrai o fubá, no Brasil são dados à época do Brasil-Colônia quando os tropeiros, em suas viagens, levavam consigo e plantavam as sementes pelos caminhos que enfrentavam ou nos sítios que adquiriam. Sobre o fubá, que é a farinha do milho, diz-se que era usado para alimentar os escravos. O bolo é o aglutinado cozido feito com essa farinha associado a outros ingredientes que vão variar e dar identidade às regiões que se serviram e ajudaram na difusão da iguaria.

Mas o fato é que na culinária mineira, principalmente nos cafés da manhã e da tarde das regiões que guardam mais a tradição ou em ambientes que as simulam nos meios urbanos, o bolo de fubá é indispensável à composição da mesa, à juntar-se ao queijo, à goiabada, à geléia, ao doce-de-leite e ao café à base de rapadura quentinho dentro do bule de lata. Todos produzidos no fogão e forno à lenha, enquanto, muito provavelmente, se aquece água para se banhar na serpentina. Êta banho gostoso!

Mas, voltando à homenagem, o bolo de fubá, talvez pela simplicidade, tem uma relação incompreensível com o mineiro, que até hoje cresce presenciando formas e formas de broas saindo quentinhas do forno, por vezes a substituirem o pão francês, o que o faz ganhar uma entrada nessa enciclopédia.

Receita de bolo de fubá tipicamente mineira (origem: Uberaba)

Ingredientes:


4 ovos
1 copo de fubá
1 copo de farinha de trigo
1 copo de açúcar
1 copo de leite
1 copo de queijo
2 colh. (sopa) de manteiga
1 colh. (sopa) de fermento em pó

Modo de preparo


Bater as claras, misturar o fubá, a farinha de trigo e o fermento. Misturar o leite, o açúcar, a manteiga e as gemas. Novamente, misturar com a mistura do fubá e farinha e adicionar o queijo misturando bem. As claras que sobraram, bata-as em ponto de neve e adicione nesta mistura, envolvendo-a suavemente. Levar ao forno à 220ºC pre-aquecido, por 25 minutos, ou até quando corar. Forma untada com manteiga e farinha.

FONTE DA RECEITA:

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Presépio do Pipiripau

O Museu de História Natural, localizado à rua Gustavo da Silveira, número 1035, no bairro Santa Inês, em Belo Horizonte, abriga o Presépio do Pipiripau, sempre muito procurado na época do Natal.

O mineiro tem como tradição no Natal montar presépios. Da forma que lhe for possível, desde o começo do mês de dezembro de cada ano, imagens das personagens que representam a história da chegada do menino Jesus, incluindo a estrela de Davi, são dispostas em espaços reservados nos estabelecimentos domésticos e até comerciais.


Cena: Jesus adorado na manjedoura. Imagem original: clique!


Podemos dizer que o Pipiripau é o mais famoso e o mais original de todos. Com suas 45 cenas da vida de Cristo, nas quais 580 figuras se movem. A construção de Raimundo Machado de Azevedo data de 1906 e revela a singeleza característica dos presépios mineiros. Retrata muito da vida cotidiana de Belo Horizonte ao longo das primeiras décadas do séc. XX. Devido a seu enfoque cultural e religioso, além da técnica e arte adotadas, foi tombado em 1984 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


É muito prazeroso fazer uma visitinha e ver essa beleza de museu vivo (que se move e se escuta) de perto.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Fiat Automóveis do Brasil - Primeiras décadas


Logos da FIAT (Em latim: Faça-se)

Campanha 35 anos da Fiat no Brasil
 
11 de Julho de 1899, pretendendo fazer concorrência aos industriários franceses de automobilismo, pensando originalmente em construções inovadoras de carros de corrida, mas interessando-se logo por ampliar o projeto para algo em termos de linha de produção de massa, o empreendedor italiano Giovanni Agnelli  (Villar Perosa, 13 de agosto de 1866 -  Turim, 16 de dezembro de 1945) funda o que seria a mais importante indústria italiana e um dos maiores complexos industriais do mundo, a FIAT, um acrônimo de Fabbrica Italiana Automobili Torino, alcançando imediatamente um bom desempenho empreendedorista que garantiu à empresa o domínio da indústria de motores e ainda enveredando com sucesso por outros segmentos industriais como a construção de veículos agrícolas, locomotivas, ambulâncias, metralhadoras, navios e até aviões e motores para submarino, e financeiros, no ramo de seguradora. As atividades da empresa se concentram  na Itália, mas a Fiat opera também em outros centros, perfazendo um total de 1063 unidades  de produção que empregam 223.000 pessoas, das quais 111 mil estão  fora do país sede.

Fachada da empresa em Betim, MG.

Pelos registros da montadora, a empresa está implantada no Brasil , em Betim, Minas Gerais,  às margens, praticamente, da rodovia Fernão Dias Paes – um marco para a descentralização industrial no país –, desde  1973, mas a data da inauguração é 09/07/1976. Na cerimônia de inauguração, além do empreendedor mor do grupo,  Giovanni Agnelli, estiveram presentes o então presidente do Brasil, Ernesto Geisel, e do governador de Minas, Aureliano Chaves, tendo garantido presença, também, outras autoridades, nacionais e internacionais. Se inicia então uma história de sucesso, trazendo desenvolvimento para o país e para a região onde a fábrica foi instalada, não só do ponto de vista industriário, pois a empresa participa do desenvolvimento humano da população em muitos campos como fonte de viabilização de projetos culturais, premiações, patrocínios de equipes esportivas e ações sociais, sendo a festa do Dia do Trabalhador celebrada pela Fiat para seus empregados uma das mais difundidas, do gênero, dentre as empresas nacionais.

Comercial de 1976

CRONOLOGIA DA FIAT


Fiat 147
1976, o primeiro lançamento da montadora no país foi o Fiat 147. Derivado de um modelo italiano, o 127, o carro se caracterizava por ser de produção escalar, popular devida a peculariedade econômica, com motor transversal e tração dianteiros, coluna de direção retrátil, pneu radical de série e alguns destaques como a confiabilidade e o conforto interno, embora sua compactação externa seja extremamente visível.

Nesse período acontece  a apresentação do primeiro motor à alcool pela Fiat.

Em 1977 dá se um boom de desenvolvimento industrial em Minas Gerais: vários fabricantes de autopeças e componentes automotivos instalam-se no Estado. O Fiat 147 ganha as variações GL e Furgão.

Fiat 147 Pick Up e Rallye

1978 é o ano que a empresa põe nas ruas os fiats 147 Rallye, que inaugura a entrada no mercado do motor 1300 cc, 147 Pick-Up, a primeira caminhonete derivada de automóvel produzida no país.

Em 1979, a Fiat lança o primeiro carro à alcool fabricado em série, inovando, mais uma vez, com o conceito de amortização do impacto ambiental (o álcool polui menos do que a gasolina) e do gasto com combustível.

Panorama C e Fiat Fiorino

1980, faltava uma perua na linha e a montadora colocou no mercado a sua: a Panorama C. O "menor caminhão do mundo", o Fiat Fiorino, também ganha as ruas e impressiona com a sua capacidade de carga: até 500 quilos.

Em 1981, são lançadas novas versões do Fiat 147: C, CL, Top e Racing, além da pick-up City.
Fiat Spazio
1982, entram em cena o Spazio C, CL e TR.

Fiat Oggi.

1983, é lançado o primeiro três volumes da família: o charmoso Oggi, que foi montado tendo como base o Panorama e se destacou por apresentar uma grande capacidade em seu porta-malas.
 
Fiat Uno 1984

1984, o bem sucedido Fiat Uno nasce aqui.  "Pequeno por fora e grande por dentro", o lançamento destacava em termos de design. Foi lançado nas versões S (Super),  (Confort Super), mais luxuoso e SX ( Sport Experimental), o modelo esportivo.
 Fiat Premio

1985 marca  o surgimento do Prêmio, primeiro carro brasileiro com computador de bordo, que mixava desempenho e conforto e inovou com seu motor 1500 cc.
Fiat Elba 1987

1986, Fiat Elba, um sucesso de vendas. "O moderno 'Station Wagon' logo provou possuir a maior capacidade de carga volumétrica entre todas as peruas do país. Apresentando capacidade similar ao Fiat
Prêmio, era representado pelas versões S, com motor 1.3 e CS, com motor 1.5." (citação do blog blog.fiatenzo.com.br).

1987, cheio de novidades e novas padronizações no tecido dos bancos, na pintura externa, nas rodas e trazendo amortecedores pressurizados, o Uno 1.5 R é lançado juntamente com as versões S e CSL do Fiat Premio.

1988, novas variações do Uno, da Pick-Up, do Fiorino e do Furgão implementam uma linha de veículos comerciais leves com motor de 1500cc e 82 cavalos de potência.

1989: Elba CSL de 4 portas.

Aguarde a segunda parte desta postagem!

TEXTO (com adaptações)
AAVítor

FONTES DE INFORMAÇÕES E IMAGENS
www.fiat.com.br
http://blog.fiatenzo.com.br
http://tudo_aqui.blogs.sapo.pt/701.html
http://wep-brendow.blogspot.com
http://www.sidneyrezende.com
www.youtube.com
www.google.com
VRUM. TV Alterosa.



PASSE O VERÃO LENDO UM CONTO QUE TE ENTRETERÁ COM UM ROMANCE INUSITADO, CENAS MÁGICAS VIVIDAS EM UM PARAÍSO TROPÍCAL E, DE QUEBRA, TE MOTIVARÁ A SAIR DE UMA VIDA DE SIMPLES COLABORADOR PARA VIVER A PARTIR DO ANO DE 2013 COMO UM GRANDE EMPREENDEDOR.

LEIA


A. A. Vítor

Participe da rede SellYourFish para praticar o que aprendeu
no livro e se relacionar com outros leitores

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sua majestade o Tutu à Mineira

 


Ai, ai meu Deus que saudade de um feijão
Com lingüicinha, paio e orelha de leitão

        Feijão assim há muito tempo não se vê
       Pelas panelas da grande população

A enxada magra é o perfil deste sertão
E a poeira, mãe na seca estação
Vertigens claras, obscuras pela história
Sede de vida na faminta solidão

                                O velho feijão tropeiro
                                 Tutu de feijão mineiro
                                 Feijão dos velhos escravos
                                Hoje tão ralo e tão caro

                 Feijão com arroz, meu amigo,
                 Tornou-se um prato vazio
                           Povo cansado e sofrido
                          Canta Feijão de Bandido


"Feijão de Bandido". Banda Feijão de Bandido (Brasília - DF).
Composição: Paulo Córdova 

Seguindo os passos do imperador D. Pedro I, a Estrada Real, desligamos o rádio (Pois deu uma fome!) e resolvemos estacionar o Manuel para comermos um pouco. E, já que nos encontrávamos à caráter, nada melhor do que procurarmos um restaurante especializado em cozinha mineira, daqueles cujo ambiente parece ser todo feito de madeira  de lei, e buscar nos servir de um autêntico tutu de feijão e comer até se fartar.

TUTU DE FEIJÃO


Como a maioria dos pratos conhecidos da culinária de Minas Gerais, o tutu de feijão é mais uma dessas iguarias da região que vem do tempo do tropeirismo, após o momento em que estes não passavam de exploradores de ouro e chegavam a morrer de fome por não dar importância à necessidade de carregar alimento. Atribui-se às paragens dos tropeiros do século XVII, uma espécie de mercador de diversos tipos de mercadoria, entre elas, posteriormente, alimentos, quando estes levantavam suas tendas para descansar e fornir, durante seu  "leva e traz", o surgimento da maioria das receitas que hoje formam a mesa mineira.

Do improviso com que esses mercadores faziam seus pratos, variando raízes, milho e mandioca  com os quais se fazia farinha e fubá  , folhas, toucinho, feijão, temperos  portugueses, indígenas ou africanos, como, por exemplo, a pimenta-do-reino  e café, em panelas apoiadas, para distanciar-se do fogo, ora em uma combinação triangular de pedras colhidas pelo caminho, ora suspensas em um tripé feitos com galhos ou em cupinzeiros abandonados, quando encontravam um, o qual era chamado de tucuruva, à sofisticação atingida ao longo do tempo, as iguarias mantêm sempre uma base, que é o que as identificam. 

O tutu nasce do  feijão tropeiro, comida seca que levava pedaços de carne-de-sol e toucinho além do feijão, sobre os quais se despejava farinha de mandioca, embora haja quem sustente que o original levava a de milho, couve picada e o torresmo usado na obtenção da banha de porco, que era a forma portuguesa usada para fritar ou cozinhar os alimentos, quando não extraíam a gordura da forma herdada dos indígenas, através do bicho-de-taquara, um verme branco que era retirado do interior do bambu já florecido.

Apesar da familiaridade com o feijão tropeiro, o tutu de feijão consagrou-se por ser uma comida pastosa, densidade a que chegou com o passar do tempo. Hoje, dificilmente se vê um tutu, nas casas de Minas, que não leve pedaços de linguiça de porco ou bifes, cebola e cebolinha,  salsa, cheiro verde, alho, molho de tomate e ovo cozido partido ao meio com a gema voltada para cima, a fim de dar melhor apresentação ao prato. Tradicionalmente é cozido em panela de barro ao fogo à lenha e servido em travessas de vidro. Uma caipirinha ou um suco de limão vão muito bem para acompanhar o prato!

 Abaixo apresentamos uma receita. Sirva-se!

Tutu de feijão com couve e torresmo
Rendimento: 10 porções

Ingredientes
1kg de toucinho de barriga para torresmo
Azeite a gosto – mais ou menos uma xícara
1 cebola
2 dentes de alho picados
1kg de feijão já cozido e temperado (batido no liqüidificador)
200g de farinha de milho passada na peneira
Salsinha bem picada
Sal e pimenta moída na hora a gosto

Modo de fazer
1. Com o toucinho faça os torresmos.
2. Numa panela refogue com o azeite a cebola e o alho. Junte o feijão que passou no liquidificador. Agregue a farinha até ficar um creme meio espesso, junte a pimenta e o sal. Por último agregue a salsinha.
3. Passe o tutu para uma travessa, guarneça-o de couve à mineira e torresmo frito. Se desejar, jogue cebolinha picada por cima.
Extraído de: Enciclopédia Larousse da Cozinha Brasileira. Raízes da Nossa Terra. Editora Larousse

Oriente-se conosco antes de fechar qualquer negócio!

Texto: AAVítor (com adaptações)
Foto: http://reidacolher.blogspot.com
Fontes de pesquisa: 
http://comida.ig.com.br/. Colunista: Guta Chaves.
http://www.gastroonline.com.br

Bem, com o estômago forrado, vamos agora procurar uma boa sombra de árvore e tirar uma pestana, para depois continuarmos nossa aventura literária pelas terras de Minas. Após tomarmos um belo banho com água aquecida na serpentina do fogão onde foi feito o maravilhoso tutu de feijão.

Até a próxima postagem!

Não tenho tutu não tenho tutu dinheiro
Mas quero comer tutu e tem que ser tutu mineiro

Não tenho tutu não tenho tutu dinheiro
Mas quero comer tutu e tem que ser tutu mineiro

To andando atrapalhado to andando sem dinheiro
Mas na hora do rangu tem que ser tutu mineiro

Não tenho tutu não tenho tutu dinheiro
Mas quero comer tutu e tem que ser tutu mineiro

"Tutu mineiro". Cascatinha e Inhana (SP).

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Enduro da Independência

Vrum... vrum... Evel Knievel? Wayne Raynei? Alexandre Barros, Paraguaio, Devlin, o motoqueiro? 7 de setembro é o dia que o Brasil comemora sua independência administrativa.e um evento muito bacana que ocorre sempre nesta data nas terras de Minas e Rio de Janeiro é o Enduro da Independência.


Trata-se de uma competição entre motoqueiros que percorrem um caminho inaugurado por D. Pedro I. Conta-se que em 1822, D. Pedro e sua comitiva de 8 pessoas buscava apoio dos mineiros na causa da libertação do País. Cavalgou durante 15 dias por um trajeto que ficou conhecido como "Caminho novo" e mais tarde como "Estrada real". Hoje esse trajeto é um percurso turístico bem estruturado e que leva pessoas a conhecerem fascinantes cidades e localidades do Rio e de Minas Gerais que se situam nas dependências desse percurso.

O Trail Clube de Minas Gerais contou com apoio da Honda e da Rede Globo para realizar a primeira edição do evento em 1983. Foram necessários 5 meses de preparação(que incluiu até levantamentos de registros históricos).

Seriam 800 km a serem percorridos em 3 dias. 440 motos e 220 duplas de pilotos enfrentariam situações diversas como chuva, lama, poeira, frio, e cansaço pelas trilhas da Estrada Real. Bem ao estilo do competidor de trilha.


No dia 4 de setembro foi dada a largada simbólica, no Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista. Todas as motos desfilaram, juntamente com os carros de apoio, fazendo uma grande festa. Mas a coisa "pra valer" mesmo aconteceria no dia 5, uma segunda feira chuvosa e fria. As duplas começaram a largar às 7 da manhã, partindo para a 1ª etapa, que seria até Barbacena, numa distância de 350 km.

Dai pra frente, os dias que se seguiram foram de muito esforço e aventura. Das 440 motos que partiram do Rio, pouco menos de 300 chegaram a Belo Horizonte, entre elas uma heróica Yamaha TT 125 do carioca Jorge Antunes, que além de vencer todas as enormes dificuldades do Enduro, ainda teve que percorrer os últimos 10 quilômetros, rebocando a FBM 125 de seu parceiro Antonio Nogueira, que ficou sem combustível.

A primeira edição deste evento foi bastante divulgada e fez um estrondoso sucesso em Belo Horizonte. A partir daí houve um crescimento ainda maior do interesse por competições motociclísticas dentre os aventureiros e amantes de esporte radical na cidade e também pela busca por localidades com potencial para a prática de esportes radicais de qualquer natureza e pelas cidades históricas de Minas. Até um pouco surpreendetemente, já que motocicletas são veículos poluidores, o interesse pela preservação da natureza também teve destaque nessa época.

Verifique no site motosclassicas70 uma cobertura completa dessa primeira edição. Muita foto e curiosidade! Vale bem a pena, para quem curte ou viveu esse momento, dar uma conferida!

O Enduro hoje
Hoje o evento está bastante alterado. As participações e o interesse da mídia em promovê-lo naturalmente foram aumentando com o passar dos anos e mudanças nas características da competição foram inevitáveis. Mas as características principais como a garra dos pilotos, a aventura, a natureza como pano de fundo e a História em foco foram preservadas. 

Vídeos no Youtube

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A voz de Márcio Seixas

Hoje a jardineira ficou estacionada no quintal de um rancho. Resolvemos tirar o sábado para sacar alguns DVDs do porta-luvas e nos entreter um pouco diante do aparelho televisor, no qual pretendemos assistir alguns filmes, seriados e desenhos animados em que podemos encontrar a voz retumbante para lá de conhecida de um grande dublador do elenco brasileiro: Márcio Seixas.



Márcio Roberto Seixas é natural de Belo Horizonte (18/05/1945). Começou sua carreira como radialista, ainda na época do Rádioteatro. Foi locutor noticiarista, produtor/apresentador de música clássica de 1967 a 1972 em Belo Horizonte, trabalhando nas rádios Atalaia, Cultura e D'el Rey Fm. No Rio de Janeiro trabalhou na Rádio Jornal do Brasil AM e FM, onde apresentou programas clássicos e jornalísticos de 1974 a 1993, CBN e Transamérica. Foi narrador de documentários e programas de treinamento para Furnas, Xerox e Petrobras, locutor do canal USA (GLOBOSAT) de 1996 a 2003 e atualmente é contratado da Globosat, como apresentador do canal Brasil e locutor oficial da rede de Supermercados Prezunic do Rio de Janeiro. Conforme registros, Márcio também atuou como ator, autor, produtor e professor de locução.



Entrevista com o dublador para a TV Alterosa / 
Episódio do desenho Homem Pássaro com a dublagem 
de Márcio Santos como Homem-Pássaro

Mas o que tornou Márcio um expoente no meio cultural brasileiro foi sua vocação para a dublagem. Em 1974, a Herberth Richards colocou um anúncio em um jornal sobre um curso de formação de dubladores que seria dirigido por Waldir Fiori, ficando, Márcio, entre os dois candidatos, de 330 inscritos, a conseguir aprovação, ganhando com isto espaço na companhia, onde atuou como dublador e, posteriormente, narrador, após a saída do lendário Ricardo Mariano, de 1991 a 1997. 

Na qualidade de dublador, Márcio exerceu a atividade para grandes empresas além da Herbert Richers, como a Delarte Estúdios Cinematográficos, Doublesound e VTI. Narrou, também, comerciais de televisão da Coca Cola e do Ministério da Educação (narrador oficial), o audiobook de Brian Weiss, o cd drama da série brasileira em quadrinhos Holy Avenger e trailers de filmes: O Gatão de Meia-Idade,102 Dálmatas ou O Corcunda de Notre Dame.

Márcio ainda dubla, possui fãs e é considerado por muitos uma das maiores vozes de todos os tempos.

Lista de Trabalhos
  • Dublador e narrador de histórias de Walt Disney desde 1974.
  • Apresentador da Herbert Richers (1991 a 1997)
  • Programa "DISNEYLANDIA" - narrador de estórias infantis
  • Programa "Casos de Polícia" – narrador
  • Programa "Emergência 911" - narrador
  • Desenho Animado "O Novo Batman" - (Batman)
  • Desenho Animado "Esquadrilha Parafuso" - (Balu)
  • Desenho animado "The Tick" - (Tick)
  • Desenho animado "Jovens Titans" - Trovão
  • Seriado "Arquivo Confidencial" - (James Garner) - foi dublador exclusivo desde 1974
  • Seriado "Starsky e Hutch" - (Hutch)
  • Seriado "Magnum" - personagem: (T.C. - Robert E. Mosley)
  • Seriado "Jornada nas Estrelas" - Spock (Leonard Nimoy)- Dublagem da VTI Rio, anos 80
  • Seriado "Gyaban (Space Cop)" - Narrador
  • Filmes "Ben Hur", "Os Dez Mandamentos", "El Cid" - (Charlton Heston)
  • Filmes de "James Bond" - (Sean Connery, Roger Moore, George Lazenby e Thimothy Dalton)
  • Filme "A Gaiola das Loucas" - (Renato - Ugo Tognazzi)
  • Voz de Clint Eastwood no personagem Dirty Harry, entre outros ...
  • Voz de Bill Cosby no seriado Cosby Show etc ...
  • Voz de Peter Finch em "Rede de Intrigas", "Horizonte Perdido", "Resgate em Entebe"
  • Voz de Raul Júlia em Família Adams I e II etc...
  • Leslie Nielsen em "Corra, que a Polícia vem aí" (ouça: Frank Drebin).
  • Voz do computador HAL em "2001, Uma Odisséia no Espaço"
  • Sr Incrível em Os Incríveis
  • Homem Pássaro
  • Qui Gon Jin em Star Wars
  • Flash Gordon
  • Frankestein (Frank), em Tempos Modernos, novela da Rede Globo.
E os atores:
  • Liam Neeson
  • Michael Caine
  • Morgan Freeman
  • Sean Connery
  • Robert Redford
  • Nick Nolte
Texto: AAVítor (com adaptações)
Fontes de pesquisa:
Casa da dublagem (Leia entrevista com o dublador: clique!)
Behind the voice (em inglês)

A gente fica por aqui, vamos curtir bastante os DVDs que trouxemos e até a próxima parada. Emprestando do Márcio Seixas a frase do Spock: Vida longa e próspera!

sábado, 27 de agosto de 2011

Benjamim Guimarães

Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai subir
(Sá & Guarabira - Sobradinho)

A jardineira ficou estacionada no cais e nós viemos para cá: à bordo do barco a vapor Benjamin Guimarães. Não é dia de Révellon, mas é uma satisfação tão boa flutuar sobre o velho Chico, admirar as carrancas nas margens ou apreciar o trabalho dos pescadores de dentro deste barco que realmente não dá para deixar para outra hora!


O gaiola, como é conhecido desde sua época, é um barco a vapor, único no mundo em atividade, que navega em caráter turístico pelas águas do rio São Francisco, num percurso que vai de Pirapora à Barra do Guaicuí, onde o rio encontra com o Rio das Velhas, proporcionando uma viagem prazerosa que dura cerca de 4 horas. Um passeio fantástico, romântico e alegre que é por bem comparado a um cruzeiro marítimo: um cruzeiro brejeiro!
Almanaque Brasil no Youtube

Em outras épocas, esta embarcação ia até o município de Juazeiro na Bahia e as necessidades da viagem não eram precisamente turísticas. O barco levava cerca de 9 dias para completar o percurso de ida e 14  dias para completar o percurso de volta à Pirapora.
A HISTÓRIA

O Benjamim Guimarães foi construído em 1913 pela empresa James Rees & Company, em Mississipi, Massachusetts, EUA, onde serviu à navegação daquele rio famoso. Depois, veio para o Brasil vendido à Amazon River Plate, e navegou na bacia amazônica, até que foi comprado, na década de 20, por Julio Mourão, que o remontou em Pirapora e o rebatizou, dando-lhe o nome de seu pai.

Foto antiga do Gaiola

Na década de 40 o barco foi novamente vendido, desta vez à Navegação e Comércio do São Francisco, empresa do coronel Quintino Vargas. A existência do barco na região, juntamente com outros "gaiolas" como o Barão de Cotegipe, o Wenceslau Braz e o São Francisco, foi muito importante para a vida da população regional, mesmo tendo sido utilizado mais ao transporte de cargas do que o de passageiros. Mas esta parte da história viu seu fim nos anos 80, quando a navegação à vapor entrou em decadência.

Simulação do barco no passado: ouça o apito da chaleira.

Em 1995, o Benjamim Guimarães, através do IEPHA, foi tombado pelo patrimônio histórico e em 1997 se tornou patrimônio da cidade de Pirapora, graças a um acordo entre a Franave (Companhia de Navegação do São Francisco) e a prefeitura da cidade.
Carrancas do tipo totén e pescador do São Francisco.


Exibir mapa ampliado
Percurso do Rio São Francisco que vai de Pirapora até a Barra do Guaicui.
 
O barco passou por uma interdição pela Capitania de Portos de Minas Gerais em 1995, devido a falhas na caldeira, mas, a partir de 2002, sofreu uma restauração que o fez retornar a ativa. Hoje, o Benjamim continua sendo uma atração para quem passeia pelos lados do Médio São Francisco. Uma viagem imperdível, cheia de poesia e histórias, que fazem com que a vida volte a ter júbilo e se transforme em uma festa intensa.


Pesquisa:
http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1018908 Em 30/12/2010, 19:51
http://www.andarilhodaluz.com.br/bots/gingaimprime_popup.php3?id=383&menuId=442 Em 30/12/2010, 19:54

Links:
Turismo à bordo do barco à vapor: http://www.maracaja.com.br/
Prefeitura de Pirapora-MG: http://www.pirapora.mg.gov.br/

E a gente se despede. Vamos voltar à jardineira, o Manuel, e partir para a coleta de mais uma postagem para a nossa enciclopédia.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Clube Atlético Mineiro

Nós somos
Do Clube Atlético Mineiro
Jogamos com muita raça e amor
Vibramos com alegria nas vitórias
Clube Atlético Mineiro
Galo Forte Vingador.

Vencer, vencer, vencer                
Este é o nosso ideal                     
Honramos o nome de Minas       
No cenário esportivo mundial     
Lutar, lutar, lutar                
pelos gramados do mundo pra vencer
Clube Atlético Mineiro  
Uma vez, até morrer

        
Nós somos campeões do gelo
O nosso time é imortal
Nós somos campeões dos Campeões
Somos o orgulho do Esporte Nacional
Lutar, lutar, lutar      
Com toda nossa raça pra vencer         
Clube Atlético Mineiro   
Uma vez até morrer

 Hino oficial do Clube Atlético Mineiro. Composição Vicente Motta.
Versão rock com João Penca e seus miquinhos amestrados, introdução com a narração de um jogo pelo radialista Vilibaldo Alves e mensagem do jogador Reinaldo.
Muitos audios de jogos do clube em www.itatiaia.com.br
Rádio Itatiaia.

O futebol mineiro completou neste ano de 2011 cento e três anos de paixão, tendo já completado as bodas de jequitibá, dos clubes ainda em atividade, o Atlético Mineiro de Belo Horizonte e o Villa Nova de Nova Lima, ambos em 2008, e o América mineiro completa ano que vem. Para começarmos a registrar o futebol de Minas em nossa enciclopédia vamos fazer uma viagem progressiva no tempo, marcando o início desta viagem na importante data de 25 de março de 1908, "quando um grupo de estudantes trocou as aulas daquela quarta-feira por uma reunião no coreto do Parque Municipal, em Belo Horizonte" conforme conta o site do Galo. Esta data marca o nascimento do Clube Atlético Mineiro, o mais tradicional clube de Minas Gerais.

O Galo, como é conhecido, chegou a jogar com bolas de meia, venceu o primeiro torneio de futebol do Estado, cedeu o primeiro jogador fora do Eixo Rio-São Paulo para a Seleção Brasileira, foi o primeiro clube de futebol mineiro a fazer um confronto internacional, e desde cedo já era conhecido como “time do povo”, devido à sua democrática opção em aceitar o ingresso de participantes de que classe e cor fossem.

O Atlético, com sua natureza pioneira, se sagrou campeão da primeira competição interestadual profissional realizada no Brasil e do primeiro verdadeiro Campeonato Brasileiro. Foi também o primeiro clube brasileiro a ir para a Europa excursionar e voltou com o título simbólico de "campeão do gelo" e abriu as portas daquele continente ao futebol brasileiro.

Nesta história de glórias ainda consta o feito de 1969, quando o todavia alvinegro, de Dada Maravilha, se tornou a única equipe do mundo a derrotar a Seleção Brasileira, tricampeã mundial 1 ano depois, fato este que fez com que a CBD passasse a evitar jogos da Seleção contra equipes nacionais. Um levantamento da Revista Placar apontou o Atlético Mineiro como a equipe de futebol brasileiro que mais ganhou títulos no século XX. 

No Campeonato Brasileiro por muitas vezes ficou em terceiro lugar, o que era importante pois até meados dos anos de 1980 os clubes brasileiros, de qual grandeza fosse, só disputavam oficialmente duas competições no ano, o Estadual e o Brasileiro, podendo chegar a uma terceira competição no ano seguinte, esta sulamericana, a Libertadores, se se sagrasse campeão ou vice do campeonato nacional, sendo que em se sagrando campeão da competição continental haveria de se habilitar para defender o continente em uma disputa contra o time campeão europeu valendo um título mundial. Este sistema dava mais importância aos campeonatos estaduais pois era necessário se posicionar entre os dois primeiros colocados, tendo havido vagas para além dessas colocações em outras vezes, para ganhar o direito de disputar o certame nacional.

Os consecutivos êxitos neste campeonato e o fato de se posicionar sempre bem no Campeonato Brasileiro, garantiu ao Atlético  a permanência entre os líderes do ranking da Confederação Brasileira por muitos e muitos anos. O que lhe dava também, além da possibilidade de disputar a Libertadores, o passaporte para enveredar pelas Américas e pela Europa representando o Brasil em diversos torneios extraoficiais, nos quais se podia encontrar os principais clubes e nomes do futebol do mundo.


Um plantel imenso de jogadores formados nas categorias de base do Atlético ficou conhecido e defendeu equipes do mundo todo. Os mais famosos pertenceram à equipe vice-campeã brasileira de 1977 e são sempre lembrados. Alguns deles: José Reinaldo Lima, o maior ídolo do clube, Toninho Cerezzo, Paulo Isidoro, João Leite e Marcelo Oliveira.

Time do Atlético na coleção Futebol Cards do Chiclete Ping Pong.

 Ídolos recentes da massa atleticana.

 Jogadores do Atlético que atuaram em Copa do Mundo.

Jogadores do Atlético que participaram das eliminatórias ou da Copa de 1982 e Mundialito do Uruguai. Além destes houve ainda a participação do goleiro João Leite e a convocação do lateral direito Orlando. As figurinhas são da coleção Ping Pong na Copa 82.


Por várias vezes, em idos de extrema seriedade no futebol  brasileiro, o galo de Minas cedeu jogadores para a Seleção Brasileira, sendo que alguns deles foram a Copas do mundo como títulares ou reservas. Outros jogadores, brasileiros ou estrangeiros, vieram de outras cidades ou clubes, nacionais ou internacionais, e prestaram um grande serviço ao Atlético, se tornando ídolos permanentes para a torcida, de um modo que muitos deles não conseguiram deixar a paixão que criou pelo clube e pela cidade de Belo Horizonte mesmo depois de encerrarem a carreira, se estabelecendo no Estado, onde comandam negócios próprios ou vivem de alguma forma a se manterem perto dos acontecimentos do futebol em Minas. O exemplo mais clássico, com relação ao Atlético, é o ex-centroavante Dario, o Dadá Maravilha, do qual já se pode dizer ser uma figura mitológica do futebol mineiro.

 Esta trajetória formou uma torcida conhecida como a mais apaixonada do país, dito de especialistas, cronistas esportivos e ex-jogadores. O maior patrimônio do clube, teve participações decisivas em resultados de jogos, cobranças por mudanças e até mostrou bastante lealdade e compromisso ao fazer campanha para permanência de um jogador, levantando o valor necessário para garantir a contratação do atleta. Durante muitos anos consecutivos essa torcida foi dona dos maiores públicos presentes em estádios em jogos de diversos campeonatos, inclusive o brasileiro. Em 2006 o Atlético disputou a segunda divisão do Campeonato Brasileiro e a torcida não o  abandonou, dando um show de apoio e batendo o recorde de público das três divisões do campeonato na época. A festa de comemoração da conquista da Série e da volta à primeira divisão foi inigualável e precisou usar dois estádios para ser realizada.

Por ser uma equipe fora do eixo Rio-São Paulo e brava, o Atlético é muito invejado e alvo de injustiças em muitos episódios polêmicos envolvendo desafiantes, como o conturbado jogo contra o Flamengo de Zico pela Libertadores de 1981 em Goiânia, Goias, arbitragens, cartolas ou a imprensa do Eixo. E por ser bastante tradicional, inúmeros casos de notícias, fatos curiosos, narrações esportivas, marcos de seus artilheiros como Dario, Reinaldo, Renaldo, Gerson e Guilherme, que foram artlheiros em competições nacionais, sendo que Reinaldo obtém a melhor média de gols feitos em um só campeonato nacional, 28 gols no de 1977, jogadas memoráveis em grandes jogos,  iniciativas da torcida ao criar a mais organizada das torcidas, a Galoucura, ou a primeira torcida organizada feminina, as pomponetes, e, na era internet, a primeira rede social exclusiva de torcedores de futebol, quer tenham sido atestados ou não, se tornaram antológicos e vivem a visitar a mente do torcedor atleticano e a manter-lhe a chama da paixão cada vez mais acesa.

 
Uma das muitas curiosidades que rondam o universo atleticano: A discutida foto dos pracinhas brasileiros hasteando uma bandeira com o que seria o escudo do time durante a ocupação da cidade italiana de Maltese, na Segunda Guerra, no local onde habitualmente se erguia a bandeira de Mussolini.
 Além do futebol, o clube atua ou atuou em diversos outros segmentos do esporte, tendo já ganhado destaque  no vôlei do começo dos anos oitenta, quando o Atlético montou uma equipe que contava com grandes nomes do escrete brasileiro (alguns deles: Pelé, Helder, Luiz Eymard e Cacau, que brilharam na era Minas Tênis Clube do vôlei mineiro, Badalhoca, Fernandao e José Roberto Guimarães, todos treinados pelo ex-técnico da Seleção Brasileira Radamés Lattari).

O galo também ganhou a corrida de São Silvestre no atletismo com o lendário João da Mata de Ataíde, o João da Mata, em 1983, e em 2007 ocorreu o contestado patrocínio que o clube teria dado aos atletas quenianos Robert Cheruiyot e Alice Timbilili, vencedores das provas no masculino e no feminino respectivamente, que acenaram a bandeira do clube no pódio, fato que incomodou bastante a imprensa que cobria o evento para o cenário nacional.

Mas o grande marco, este efetivo, do esporte especializado patrocinado ou desenvolvido no clube foi com a equipe de futsal campeã do mundo em 1998, o Atlético/Pax de Minas, que tinha no elenco nomes que ficaram bastante conhecidos do público brasileiro posteriormente como Lenisio, Índio e Vander Carioca, e outros que chegaram a defender a equipe em outras oportunidades como Manoel Tobias, considerado por muitos o melhor jogador da história do futsal mundial e o talentoso Falcão, o grande ícone do futsal brasileiro da Atualidade.

TEXTO: AAVítor (com adaptações tiradas do site do clube)

RELAÇÃO DE CONQUISTAS DO ATLÉTICO
(até ago/2011)
 .
FUTEBOL PROFISSIONAL
Continentais
*RECOPA SULAMERICANA - 2014
*TAÇA LIBERTADORES DA AMÉRICA - 2013
*CONMEBOL - CONMEBOL Cup.svg CONMEBOL - CONMEBOL Cup.svg Copa Conmebol: 2 (1992, 1997)
*O Atlético é o líder do ranking da Copa Conmebol, após a sua 8ª edição (1999). O time participou da Copa 5 vezes e chegou em 3 finais, conquistou 2 títulos e um vice-campeonato em 1995.
*O Atlético também conquistou o vice-campeonato da Copa de Ouro em 1993 e o vice-campeonato da Copa Master Conmebol em 1996.

Nacionais
*CBF brazilian championship trophy 02.svgCampeonato Brasileiro: 1 1971)
*O Atlético também conquistou três vice-campeonatos, em 1977 (invicto), em 1980 e em 1999.
*CBF - Taça Brasil.svg Copa dos Campeões (FBF)*: 1 1937)
*Trophy(transp).png Copa dos Campeões do Brasil: 1 1978)
*CBF brazilian championship trophy 02.svgCampeonato Brasileiro Série B: 1 2006)
*COPA DO BRASIL - 2014

Estaduais
*Minas Gerais Campeonato Mineiro - FMF: 40
(1915,1926,1927, 1931, 1932, 1936, 1938, 1939, 1941, 1942, 1946,1947,1949,1950,1952,1953,1954,1955, 1956, 1958, 1962, 1963, 1970, 1976, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1985, 1986, 1988, 1989, 1991, 1995, 1999, 2000, 2007, 2010)
*Minas Gerais Taça Minas Gerais: 5
(1975, 1976, 1979, 1986, 1987)
*Minas Gerais Taça Belo Horizonte: 3
(1970, 1971 e 1972)
*Minas Gerais Torneio dos Grandes de Minas Gerais: 1
(1974)
*Minas Gerais Copa Belo Horizonte: 1
(1959)
*Minas Gerais Torneio Início: 8
(1928, 1931, 1932, 1939, 1947, 1949, 1950 e 1954)

Torneios Internacionais
*Brasil Taça Internacional de Belo Horizonte: 1929.* (Disputado contra Vitória de Setúbal-Portugal)
*Alemanha Torneio de Inverno (Alemanha): 1950
*França Taça Supporters Allez Stade a Belo Horizonte - Paris (França):1950
*Brasil Torneio João Havelange (MG): 1966.
*Brasil Triangular Internacional de Belo Horizonte: 1966.* (Disputado por Atlético, Sel.Uruguai e Santos)
*Brasil Torneio dos Gigantes: 1969.* (Disputado contra clubes argentinos)
*México Torneio de León (México): 1972
*Espanha Troféu Conde de Fenosa (Espanha): 1976.
*Espanha Torneio Cidade de Vigo (Espanha): 1977.
*Espanha Torneio da Costa do Sol (Espanha): 1980.
*França Torneio de Paris (França): 1982.
*Espanha Torneio de Bilbao (Espanha): 1982.
*Suíça Torneio de Berna (Suíça): 1983.
*Países Baixos Torneio de Amsterdã (Holanda): 1984.
*Espanha Torneio de Cadiz - Troféu Ramón de Carranza (Espanha): 1990.
*Japão Copa TDK (Japão): 1993.
*Brasil Copa Centenário de Belo Horizonte: 1997.
*Estados Unidos Copa Millenium (Estados Unidos): 1999.
*Vietname Three Continent's Cup (Vietnã): 1999.
*Torneio Florida Cup - 2016
*(*) Relação incompleta.

Torneios Nacionais
*Minas Gerais Torneio Quadrangular de Belo Horizonte: 2 vezes — 1955 e 1960.
*São Paulo Torneio Triangular de Franca: 1956.
*Brasil Taça Brasil - Zona Sudeste: 1959.
*Brasil Taça Brasil - Zona Sudoeste/Central: 1964.
*Brasil Taça Brasil - Zona Central: 3 vezes — 1963, 1964 e 1967.
*Goiás Taça Cidade de Goiânia: 1970.
*São Paulo Taça Cidade de São José dos Campos: 1970.
*Brasil Taça Independência: 1971.* (Disputado num jogo do Campeonato Brasileiro contra o Santos)
*Rio de Janeiro Taça do Trabalho: 1972.
*Distrito Federal (Brasil) Taça Vitória - Minas: 1974.
*Distrito Federal (Brasil) Troféu Brasília 21 anos: 1981.
*Brasil Taça de Ouro 1ºTurno - Grupo A: 1985.
*Brasil Copa União Turno - Grupo A: 1987. (Invicto)
*Brasil Copa União Returno - Grupo A: 1987. (Invicto)
*Brasil Troféu Acesso FBA: 2006.
*(*) Relação incompleta.

Torneios Estaduais
*Minas Gerais Taça Bueno Brandão: 1914.
*Minas Gerais Taça Souza Cruz: 1919.
*Minas Gerais Taça Clube Bello Horizonte: 1919.
*Minas Gerais Torneio Imprensa: 1921.
*Minas Gerais Taça Concórdia: 1922.
*Minas Gerais Taça XII de Outubro: 1925.
*Minas Gerais Taça Triângulo de Minas Gerais: 1927.
*Minas Gerais Troféu Arthur Friedenreich: 1933.
*Minas Gerais Taça Alaor Prata: 1939.
*Minas Gerais Taça Oliveira Costa: 1941.
*Minas Gerais Taça Anibal Benévulo: 1942.
*Minas Gerais Torneio Relâmpago: 1943.
*Minas Gerais Copa Cinquentenário de Belo Horizonte: 1947.
*Minas Gerais Taça Superba: 1947.
*Minas Gerais Taça Geraldo de Vasconcellos: 1947.
*Minas Gerais Torneio Otacílio Negrão de Lima: 1948.
*Minas Gerais Torneio Quadrangular Juscelino Kubitschek : 1951.
*Minas Gerais Taça Bias Fortes: 1957.
*Minas Gerais Torneio do Trabalhador: 1957.
*Minas Gerais Troféu Casa do Esporte: 1957.
*Minas Gerais Torneio Triangular Fabril EC 25 Anos: 1957.
*Minas Gerais Torneio Eliminatório da FMF: * 1º Lugar 1958* e 1959*.
*Minas Gerais Taça Osvaldo de Carvalho: 1961.
*Minas Gerais Taça Jorge Ferreira: 1961.
*Minas Gerais Copa Jorge Carone: 1963.
*Minas Gerais Taça dos Invictos: 1967. (28 jogos)
*Minas Gerais Troféu da Fraternidade: 1969.
*Minas Gerais Taça Pref. Luiz Gonzaga Souza Lima: 1969.
*Minas Gerais Taça Gil César Moreira de Abreu: 1970.
*Minas Gerais Taça Inconfidência: 1970. ** (Disputado num jogo do Campeonato Mineiro contra o America - MG)
*Minas Gerais Taça Inconfidência: 1970. *** (Disputado num Torneio contra clubes do Sul de MG)
*Minas Gerais Taça Governador do Estado: 1976.
*Minas Gerais Torneio Governador Aureliano Chaves: 1977.
*Minas Gerais Taça Governador do Estado Tancredo Neves: 1983.
*Minas Gerais Troféu Sérgio Ferrara: 1985.
*Minas Gerais Taça Governador do Estado: 1985.
*Minas Gerais Taça 40 anos do Sindicato dos Jornalistas: 1985.
*Minas Gerais Taça do Governo de MG: 1998.
*Minas Gerais Troféu Jorge Hammer: 1999.
*Minas Gerais Taça Governador do Estado Itamar Franco: 1999.
*Minas Gerais Troféu Uberaba 180 anos: 2000.
*Minas Gerais Taça Classico dos 200 anos: 2008.
*Minas Gerais Troféu AMCE 70 anos: 2009.
*(*) Relação incompleta.

Títulos Honoríficos
*Minas Gerais Festival Julio Bueno Brandão: 1912.
*Minas Gerais Campeão de Belo Horizonte (Revista Vita): 1913.
*Minas Gerais Campeão de Belo Horizonte (LMEA): 1916.
*União Europeia Campeão do Gelo: 1950.
*Brasil Campeão da Disciplina (Fair Play) CBD: 1971.
*Minas Gerais Campeão do Século XX - MG - FMF: 2000.
*Brasil Campeão do Século XX - Brasil (Revista Placar): 2007.
*Minas Gerais Troféu Globo Minas: 2008.
*Minas Gerais Troféu Guará Especial: 2008.
*Brasil Troféu Mesa Redonda Gazeta Esportiva: 2008.
*Brasil Campeão de Público do Campeonato Brasileiro: 1977, 1990, 1991, 1994, 1995, 1996, 1997, 1999 e 2001

CATEGORIAS DE BASE
Aspirantes
* Nota: O Segundo Quadro da 1ª divisão.
*Minas Gerais Campeonato Mineiro de Aspirantes: 7 vezes — 1923, 1927, 1928, 1929, 1934, 1948 e 1949.

Sub-21
*Países Baixos Talents Cup: 2008

Sub-20
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 29 vezes — 1945, 1946, 1947, 1955, 1959, 1967, 1969-1970, 1972-1973, 1975-1976-1977-1978-1979-1980, 1982, 1984-1985, 1988, 1991-1992, 1994-1995, 1997, 2005-2006-2007, 2010.
*Brasil Copa São Paulo: 3 vezes — 1975-1976, 1983.
*Brasil Taça Belo Horizonte: 5 vezes — 1988-1989, 2005, 2009 e 2011.
*Minas Gerais Copa Integração: 4 vezes — 2002-2003-2007 e 2009.
*Minas Gerais Copa Itatiaia: 1977.
*Brasil Super Taça São Paulo: 1994.
*Minas Gerais Taça Minas Gerais: 1995.
*Minas Gerais Super Copa Minas Gerais: 1995.
*Brasil Taça Cidade de Londrina 1996.
*Minas Gerais Copa Minas Gerais: 2002.
*Países Baixos Torneio Fortuna Sittard: 2002.
*Brasil Torneio de Grandes Clubes: 2004.
*Alemanha Torneio de Oberndorf: 2004.
*Países Baixos Torneio de Terborg: 2 vezes — 2006 e 2008.
*Alemanha Torneio de Ennepetal : 2 vezes — 2005 e 2008.
*Croácia Torneio Kvarneska Rivjera: 2 vezes — 2003 e 2005.
*Minas Gerais Troféu AMCE 70 anos: 2009.
*Países Baixos Torneio ICGT (International Cor Groenewegen Toernooi): 2011.
** Nota: * Até 1979, não existia a Categoria Júnior e os atletas com essa idade pertenciam à Categoria Juvenil.

Sub-17
*África do SulBrasilTorneio Future Champions: 2 vezes — 2010 e 2011.
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 16 vezes — 1969, 1972, 1975, 1980, 1982-1983, 1987-1988, 1991-1992-1993, 1995, 2001-2002 e 2005-2006.
*Itália Troféu Nereo Rocco (Gradisca d'Isonzo): 4 vezes — 2004, 2006-2007-2008.
*Minas Gerais Copa Integração: 2 vezes — 2006 e 2008.
*Brasil Taça Rio: 2 vezes — 1988, 2003.
*Distrito Federal (Brasil) Taça Brasília: 2000.
*Brasil Copa Santiago de Futebol Juvenil: 2006.

Sub-15
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 21 vezes — 1970-1971-1972, 1974, 1976, 1978, 1980-1981-1982-1983, 1985-1986, 1988-1989-1990-1991-1992, 1995-1996, 2009-2010.
*Minas Gerais Campeonato Mineiro - IMEF (Instituto mineiro das escolas de futebol): 2010. Modulo vermelho.
*Brasil Taça São Paulo de Futebol Infantil: 2 vezes — 1972 e 1987.
*Minas Gerais Copa Integração: 2005 e 2010.
*Brasil Copa Rotary (Barretos): 1987.
*Austrália Torneio Internacional Austrália: 1990.
*Minas Gerais Torneio Lincoln Alves: 1994.
*Minas Gerais 1º Desafio Mineiro “Escolinha” Copa Record: 1994.
*Espírito Santo (estado) Copa da Paz: 2000.
*Distrito Federal (Brasil) Taça Brasília: 2000.
*Brasil Copa da Amizade Brasil/Japão: 2000 e 2010.
*Minas Gerais Copa Centenário Wadson Lima: 2008.
*Brasil Copa A Gazetinha Nacional - Troféu Nelson Teixeira: 2010 e 2011.
*Espírito Santo (estado) Troféu Cidade de Ibiraçu - ES: 2010 e 2011. Campeão da 1ª fase - Grupo 1 da Copa Gazetinha.
*Brasil Youth Cup: 2010.

Sub-14
*Minas Gerais Torneio Elmer Guilherme Ferreira: 2 vezes — 1994 e 1996.
*Minas Gerais Copa Internacional: 2000.
*Minas Gerais Copa Integração: 2008.
*Minas Gerais Copa Aniversário Cidade de Timóteo MG: 2 vezes — 2007 e 2010.

Sub-13
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 1 vez — 1970.
*Minas Gerais Campeonato Mineiro - IMEF (Instituto mineiro das escolas de futebol): 2010. Modulo vermelho.
*Minas Gerais Taça Elmer Guilherme Ferreira: 1993.
*Minas Gerais Taça São Lourenço - MG: 2004.
*Minas Gerais Campeonato da AEFEMG - Ass. das Escolas de Futebol de Minas Gerais: 2006.
*Minas Gerais Copa Integração : 2008.

Sub-11
*Minas Gerais Copa Cavaleiro Negro: 1999.
*Espanha Torneio Internacional Gran Canária: 1999.
*Minas Gerais Copa Internacional: 2000.
*Minas Gerais Campeonato da AEFEMG - Ass. das Escolas de Futebol de Minas Gerais: 2006.
*Minas Gerais Copa Paulo Isidoro - Fut.Campo: 2007.
*Minas Gerais Copa Sest/Senat Futebol de Campo: 2007, 2008.

FUTEBOL FEMININO
*Minas Gerais Campeonato Mineiro de Futebol Feminino: 4 vezes — 1983, 2006, 2009 - 2010.
*Minas Gerais Copa Centenário Wadson Lima: 5 vezes — 1999, 2000, 2007, 2008 e 2009.
*Minas Gerais Copa Belo Horizonte: 2009.
*Minas Gerais Copa Integração: 2009.

FUTEBOL SOCIETY
Adulto
*Brasil I Copa do Brasil de futebol Society: 2001.
*Brasil II Copa Nacional dos Campeões Futebol Society: 2003.

Sub 15
*Brasil II Campeonato Brasileiro de Clubes: 2003.
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano Entre Escolas FFSMG/Copa Pequita: 2007. Vespertino.

Sub 13
*Minas Gerais Copa Jornal Aqui: 2009.
Sub 11
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano Entre Escolas FFSMG/Copa Pequita: 2006, 2007. Matutino.
*Brasil Copa Nacional de Futebol Society: 2008.
*Minas Gerais Copa Jornal Aqui: 2009. Matutino.
*Minas Gerais Copa Jornal Aqui: 2009. Vespertino.

Sub 09
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano Entre Escolas FFSMG/Copa Pequita: 2007. Matutino.

FUTEBOL FEMININO SOCIETY
Adulto
*Minas Gerais Copa Alterosa Esporte: 2008.

FUTEBOL DE SALÃO
Principal Adulto
*Globo terraqueo 3.gif Copa Intercontinental de Futsal: 1998.Vice em 2000
*Brasil Liga Brasileira de Futsal: 2 vezes — 1997 e 1999.
*Uruguai Copa Ouro(Uruguay):1984.
*Brasil Taça Brasil de Futsal: 1985.
*Itália Taça Memorial Giovanni Cragnotti (Itália): 1998.
*Minas Gerais Copa Centenário de Futsal: 1997 .
*São Paulo Taça Cidade de Botucatu: 1999.
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 11 vezes — 1968, 1969, 1973, 1974, 1976, 1977, 1979, 1984, 1998, 1999 e 2000.
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano: 10 vezes — 1968, 1972, 1973, 1981, 1984, 1985, 1997, 1998, 1999 e 2000.

Aspirante 2º Quadro Adulto
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano: 3 vezes — 1964, 1970, e 1971.
Juvenil Sub-20
*Brasil Taça Brasil de Futsal: 3 vezes — 1985, 1998 e 2001.
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano: 10 vezes — 1962, 1965, 1976, 1977, 1983, 1984, 1986, 1998, 1999 e 2001.
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 5 vezes — 1984, 1999, 2000, 2006 e 2007.
*Minas Gerais Taça Minas Gerais: 2002.
*Minas Gerais XVI Copa Sesc: 2003.

Infanto Sub-17
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano: 5 vezes — 1971, 1972, 1997, 1998 e 2000.
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 5 vezes — 1997, 1998, 1999, 2000 e 2008.
*Minas Gerais 1º Torneio Futsal do Clube Libanês: 1999.
*Minas Gerais 41º Olimpíadas de Campanha - MG: 1999.
*Minas Gerais Taça-Minas Gerais: 2000.

Infantil Sub-15
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano: 7 vezes — 1974, 1985, 1995, 1999, 2002, 2006 e 2007.
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 6 vezes — 1984, 1994, 1999, 2000, 2001 e 2008.
*Minas Gerais Taça Minas Gerais: 2001.
*Minas Gerais Copa SESC: 2007.
*Minas Gerais Liga Independente: 2007.
*Minas Gerais I Copa Atlhetic Clube (São João Del Rei): 2007.

Mirim Sub-13
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano: 3 vezes — 1971, 1985 e 2001.
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 4 vezes — 1992, 1993, 1998 e 1999.
*Minas Gerais I Copa Ktá - Cataguases (MG): 2007.
*Minas Gerais Copa SESC : 2007.

Pré-Mirim Sub-11
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano: 4 vezes — 1994, 2005, 2007 e 2008.
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 2007.
*Minas Gerais IX Copa Méritus: 2007.
*Minas Gerais Copa 157 anos de Juiz de Fora: 2007.
Fraldinha Sub-09
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano 2 vezes — 1992 e 1993.

ATLETISMO
*Corrida de São Silvestre: 1983 João da Mata
Tempo: 37min39s19 Distância: 12.6 km
*Corrida de São Silvestre: 2007 Robert Cheruiyot
Tempo: 38min58s Distância: 15 km
*Corrida de São Silvestre: 2007 Alice Timbilili
Tempo: 46min04s Distância: 15 km

VOLEIBOL
Masculino - Adulto
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 4 vezes — 1980, 1981, 1982 e 1983.
*Minas Gerais Campeonato Metropolitano: 4 vezes — 1980, 1981, 1982 e 1983.

Feminino - Adulto
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 2 vezes — 1959 e 1960.

HANDEBOL
Masculino - Adulto
*Minas Gerais Campeonato Mineiro: 3 vezes — 2000, 2001 e 2002.

FONTE DA LISTA: Wikepedia.
Veja também na Wikipedia a incrível história de Mário de Castro.  
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_de_Castro

Site do clube para informações atualizadas:  http://atletico.com.br/