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sábado, 30 de julho de 2011

Manuel, o audaz

Se já nem sei o meu nome
Se eu já não sei parar
Viajar é mais, eu vejo mais
A rua, luz, estrada, pó
O jipe amarelou

        Manuel, o audaz
        Manuel, o audaz
        Manuel, o audaz
        Vamos lá viajar

 E no ar livre, corpo livre
Aprender ou mais tentar

         Manuel, o audaz
         Manuel, o audaz
         Iremos tentar
         Vamos aprender, vamos lá (ouça!)

        Bom dia, boa noite, audiência! 
        
Estamos começando as postagens da Enciclopédia de Minas em nível elevadíssimo!

A idéia é levar vocês para um passeio. Sim, porque é o que vamos fazer aqui durante o tempo que nossa jornada cultural durar. E para nos conduzir durante esse passeio nada melhor do que fazermos isto à bordo do Manuel, o jipe que fez história com a turma que levou o Clube da Esquina para além das fronteiras do Estado.

Os versos pertencem a canção Manuel, O Audaz. Aliás, mais do que uma canção: um hino. Obrigatório a todo mineiro que se preze. Esta melodia, que não sei ao certo como chamar o estilo, para mim é um blues que passa pelo jazz, simplesmente nos transporta para longe de nós mesmos, companhia ideal para ouvirmos dentro da jardineira, enquanto cruzamos, com a ajuda dos textos postados, montanhas e céus em busca de rechear, dia-a-dia, de histórias e informações, as páginas de nosso compilado virtual.

Essa música foi composta por Toninho Horta e Fernando Brant, saiu no segundo LP de Toninho Horta, em 1981. Manoel, o audaz é uma daquelas maravilhosas canções daqueles camaradas, que ao fim da Ditadura Militar, ou ao prenúncio de seu término, estamparam, na forma de sons e letras, o cenário de um tempo e de uma juventude.

A turma do Clube da Esquina sob
a "direção" de Toninho Horta.

Fonte: Os sonhos não envelhecem: Histórias do Clube da Esquina.
Borges, Márcio.Editora Geração. Compre!

A música fala de um Jipe (um Land Rover 1951), velho e bravo companheiro de guerra, cujo nome foi inspirado em uma personagem do escritor mineiro Guimarães Rosa (que ainda terá uma lembrança aqui no Minaspédia. Estamos só começando!) em seu Grandes Sertões: Veredas, e que, subindo e descendo as montanhas, atravessando paisagens bucólicas, cruzando rios e estradas de terra, conduzia uma gurizada afoita por bem-estar e aprendizado para tudo quanto era lugar que iam.

Então, tá aí! Quebrei a garrafa, dei o tiro para cima! Vão comigo nessa?

Fico esperando então.

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Tchau!

Para saber mais sobre Toninho Horta:
http://www.toninhohorta.com.br
http://www.toninhohorta.art.br/