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terça-feira, 10 de julho de 2012

Alex Dias Ribeiro

Voltemos aos saudosos anos de 1970 e vamos lembrar um grande piloto brasileiro e sua contribuição para o esporte. O texto em itálico que se segue emprestei da Wikipedia, porque não havia razão para montar um, já que este que encontrei está perfeito. Méritos ao autor, cujo nome não encontrei para creditar aqui. Fica então o crédito à Wikipedia.


Alex Dias Ribeiro (Belo Horizonte,7 de novembro de 1948) é um ex-piloto brasileiro de Fórmula 1.

Ex-piloto de Fórmula 1, Campeão Brasileiro de F. Ford, vice-campeão inglês e europeu de F3, número 1 no ranking dos pilotos brasileiros em 1973, Alex dirige a organização Atletas de Cristo, que reúne mais de 7.500 atletas de diversas modalidades.

Nas Olimpíadas de 1988 e Copas do Mundo da Itália 90, USA 94, França 98 e Coréia /Japão 02, ele atuou como capelão dos atletas cristãos da Seleção Brasileira. Palestrante, radialista e escritor, Alex tem três best sellers publicados. Um deles foi traduzido para o inglês, espanhol e árabe e outro ganhou o prêmio ABEC de melhor biografia do ano, totalizando 80.000 livros vendidos.

Disputou 10 GPs, obtendo o 8º lugar como sua melhor colocação nos GPs da Alemanha e Canadá em 1977.

Alex em seu March. Reparem nas mensagens 'Cristo Salva'.  
FOTO: Alex em seu March. Repare nas mensagens 'Cristo Salva'.
 
Mesmo apelidado de 'Terror da F-3', pela imprensa inglesa da década de 1970, o brasileiro Alex Dias Ribeiro ficou conhecido mundialmente como o piloto que "pisando fundo, levava o nome de Cristo para os quatro cantos do mundo". Mineiro de Belo Horizonte, com mais de 35 anos dedicados ao esporte, 12 deles ao automobilismo.

Carreira: 218 corridas, 24 vitórias, 16 categorias, do kart à Fórmula 1.

Títulos: bicampeão brasiliense de kart; campeão brasileiro de F-Ford, em 1973; campeão da F-3 inglesa, em 1974; campeão da taça européia de F-3, em 1975.
Trajetória
  • 1968 - Prêmio Victor - Piloto revelação do ano
  • 1969 - Piloto do ano, Brasília
  • 1970 - Campeão brasiliense de kart
  • 1971 - Bicampeão brasiliense de kart
    • Estréia na Fórmula Ford
  • 1972 - Vice-campeão brasileiro de Fórmula Ford
  • 1973 - Campeão brasileiro de Fórmula Ford
    • Primeiro colocado no ranking brasileiro de pilotos
  • 1974 - Vice-campeão inglês de Fórmula 3
    • Estréia na Fórmula Atlantic
  • 1975 - Vice-campeão europeu de Fórmula 3
    • Vários recordes e vitórias na Europa
    • Estréia na Fórmula 2
  • 1976 - Quinto colocado no Campeonato Europeu de Fórmula 2
    • Estréia na Fórmula 1 pilotando um Hesketh 308-C
  • 1977 - Disputou o Campeonato Mundial de Fórmula 1 pela equipe March

Alex Dias Ribeiro e Emerson Fittipaldi ( GP Belgica 1977 )
  • 1978 - Disputou o Campeonato Europeu de Fórmula 2 com vitória em Nürburgring
  • 1979 - Disputou os GPs de San Marino, Canadá e Estados Unidos pela Equipe Copersucar de Fórmula 1
  • 1983 - Volta às pistas disputando o Campeonato Brasileiro de Marcas e Superkart
  • 1984 - Disputou o Campeonato Brasileiro de Marcas
  • 1988 - Participou do Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford e do Campeonato sul-americano de Fórmula 3
  • 1992 - Disputou o Campeonato sul-americano de Fórmula 3
  • 1999/2001 - Piloto do Medical Car da FIA na Fórmula 1 e Fórmula 3000
Este texto encerra a migração do conteúdo do antigo blog Minaslândia para o Minaspédia e marca uma pausa nas postagens deste blog.

Atualização: Trailler do filme Driven - Pilotando para a glória: https://www.youtube.com/watch?v=S7hRzq3tNcQ

domingo, 3 de junho de 2012

Serra do Cipó

Dia livre, um calorzinho, pegamos a estrada com a jardineira e rumamos para a Serra do Cipó. Linha Verde, Lagoa Santa, Santana do Riacho...

Vista da Serra do Cipó. Pedra do Elefante.
Original: Clique!

A aproximadamente 100 km de BH, na Serra do Espinhaço, situa-se um dos santuários ecológicos do Estado de Minas Gerais: A Serra do Cipó. Mais do que o point mais próximo para os acampamentos de Carnaval ou de outros feriados prolongados, o local funciona como a praia dos belorizontinos. É para lá que o mineiro da Capital vai quando quer passar um dia tranquilo, refrescante e ecologicamente perfeito. 

Cachoeira Grande  -  Parque Nacional da Serra da Cipó

A Serra do Cipó é rica em quedas d'água e oferece um ambiente excelente para prática de esportes náuticos e radicais, como o raft e o rapel. São muitas as cachoeiras, a diversidade de espécies da fauna e flora também impressiona e favorece o eco turismo e o turismo radical.

Flores Sempre Vivas  -  Parque Nacional da Serra do Cipó
Visite o site original para mais informações e imagens: Clique!

A flora, que já possui cerca de 2000 espécies catalogadas e que imaginam os botânicos não se tratar nem da metade, vai do cerrado, parte mais baixa da Serra, aos campos rupestres, onde se entra em contato com um ambiente bastante florístico, formado por sempre-vivas (família das Eriocaulaceae), canelas-de-ema gigantes (Vellozia gigantea), orquídeas, bromélias, margaridas, cactos, ipês e quaresmeiras, além de liquens coloridos que brotam sobre as pedras e plantas endêmicas que ajudam a manter o local permanentemente florido, se transformando em um autêntico santuário de pesquisa para os botânicos, e a colocar a região entre as mais ricas comunidades vegetais do mundo.
Clique a imagem para ampliar!
Originais em http://www.serradocipoturismo.com.br

A fauna apresenta dezenas de espécies de mamíferos, anfíbios e aves. No ambiente podem ser encontrados peixes como a pirapetinga - conhecida como a truta brasileira - pacas, tatus, tamanduás-mirins, onças jaguatirica, veados campeiros, macacos, lontras, lobos-guará, capivaras, lagarto preguiça, teús, tamanduás bandeira, carcará (ave de rapina), gafanhotos, ouriços caxeiros, acauãs, gaviões, codornas, corujas buraqueiras, perdizes, siriemas, azulões, sabiás, pica-paus, quatis, quero-queros, tucanos, pintassilgos, caxinguelês e beija-flores.

 "O beija-flor-de-gravata-verde (Augastes scutatus) e o pássaro Cipó Canesteros, ambos endêmicos da serra, despertam grande interesse em ornitólogos de várias partes do mundo, e vale lembrar que por garantir a reprodução das plantas o beija-flor é essencial para o ciclo de biodiversidade."
(trecho de texto encontrado em http://www.serradocipo.com)

Vídeo de anônimo apresentando a Cachoeira Grande

A bacia hidrográfica da Serra recebe água do Velho Chico e do Rio Doce. É impressionante também a formação rochosa. O local é considerado um patrimônio natural e, desde de 1984, abriga o Parque Nacional Serra do Cipó. Um ambiente de 100 000 hectares. Onde se pode ver e conviver com espécies em extinção, canyons e uma geologia do período pré-cambriano. Muito interessante a visita!
Canyon

A Cachoeira Grande atrai muito os turistas, devido à sua imponência e beleza. Uma queda de 10m e um lençol de água cristalina a seus pés. Muitos se arriscam em saltar de seu topo, mas alguns encontraram ali seu último desafio.
Cachoeira Grande
Clique a imagem para ir para o local original!

Na Serra se encontra estrutura turística com hotéis, chalés e pousadas; restaurantes e casas de souvenirs. Também se consegue guias.
Cachoeira da Farofa
Clique a imagem para ir para o local original!

Curiosidade: Em pleno coração do Estado, longe do mar, as rochas arenosas foram formadas por depósitos marinhos há mais de 1.7 bilhões de anos.

O local onde se situa a Serra faz parte do complexo turístico Estrada Real, uma vez que seus caminhos foram usados pelos bandeirantes de São Paulo. Para chegar ao Arraial do Tejuco, hoje Diamantina, em busca do ouro e pedras preciosas das Minas Gerais, era preciso desbravá-la. Os tropeiros em suas mulas criaram uma estrada de pedra em um local chamado Mãe D`Água, onde inicia a cobiçada cachoeira Véu da Noiva.
Cachoeira Véu da Noiva
Clique a imagem para ir para o local original!

O percurso serve de um projeto turístico que envolve a prática de trekking e passeios de mula. Algo bastante exótico!  

Peter Lund, Eugene Warming, J.B.Spix, Von Martius, August de Saint-Hilaire, o inglês George Gardner e brasileiros como Álvaro da Silveira, Ailton Joly e Nanuza Menezes são alguns estudiosos da natureza que se interessaram pelos campos rupestres da Serra e trabalharam nela. "O paisagista Roberto Burle Marx dizia que começou a entender mais as plantas quando passou a acompanhar o botânico mineiro H. L. Mello Barreto em suas visitas a Serra do Cipó, e sempre que retornava para buscar inspirações dizia-se cada vez mais fascinado."  (Site Serra do Cipó. Clique para ler todo o texto!)

Na Serra é possível, do folclore local, ouvir histórias fascinantes de aparições como, por exemplo, de OVNIs.

A Serra do Cipó possui vários municípios ao seu redor como Santana do Riacho, Morro do Pilar, Tabuleiro, Conceição do Mato Dentro e outros. Cada localidade traz seu atrativo de cachoeiras, geologia, arqueologia, águas, fauna e flora. Bons lugares para se viver aventuras. 
Alguns lugares já foram palco de produções televisivas, como a minissérie produzida pela TV Minas "Palmeira Seca", é nelas são mostrados o seu jeito de ser.

TEXTO
AAVítor

CRÉDITO DAS IMAGENS
No local

PESQUISA
http://www.serradocipo.com
http://br.viarural.com/servicos/turismo/parques-nacionais/da-serra-da-cipo/default.htm

segunda-feira, 30 de abril de 2012

América Futebol Clube


Mantendo nosso espírito esportivo
Social e Cultural
Vamos cantando o hino do América
Tão famoso e tradicional
E cantando nossa música querida
Vibrando com amor no coração
Enaltecemos assim a "nossa equipe"
O nosso América - "Decacampeão"...

As tuas cores são alviverde
Tua torcida feminina é demais
A tua classe aristocrata
É quem fulmina os teus rivais
América...és o maior
Teu futebol é sensacional
Cantamos para o mundo inteiro
Tu és a glória do esporte nacional
América
"Hino do América-MG, autor Vicente Motta"
Fonte: http://ultradownloads.com.br/hino-mp3/Hino-do-America-Mineiro-Futebol-Clube/

Em 1912, nos arredores das ruas Bahia e Timbiras em Belo Horizonte, Minas Gerais, o clube do América mineiro foi fundado por um grupo de rapazes que se interessavam pela prática do futebol, que ganhava força na preferência da população dentre outras modalidades esportivas. O nome do clube saiu de um sorteio.
Foto histórica da primeira formação.
Clique a imagem para acessar a original.

Inicialmente o time se apresentava com as cores verde e branca, inserindo a cor preta nos calções um tempo depois e durante 10 anos, a partir de 1933, em protesto ao profissionalismo no futebol, o América usou as cores vermelho e branco em seu uniforme. O uniforme atual do América tem a representação das cores verde e preto em listas verticais na camisa e foi inaugurado em 1971, durante um amistoso contra o Nacional de Montevidéo no Mineirão.
Grandes momentos do América em vídeo
No site do clube se encontra a primeira formação americana, composta de Oscar Gonçalves, Leonardo Gutierrez e Fioravante Labruna, Luiz Guimarães, Augusto Pena e Lincoln Brandão, Dario Ferraz, Waldemar Jacob e Geraldino de Carvalho.

Em 1913 houve uma fusão com o Minas Gerais Futebol Clube e a agregação de jogadores do Atlético Mineiro em conflito com a administração, o que fez aumentar o plantel. Advindo daí a primeira grande vitória do América, quando venceu o Atlético Mineiro por 1 x 0, com o gol marcado por Júlio Cunha, e a primeira partida interestadual: um amistoso vencido por 2 x 1 contra o Flamengo do Rio de Janeiro.

Em 1915, o marco foi a vitória por 3 x 0 contra a Equipe dos Ingleses da Mina do Morro Velho, formada exclusivamente por jogadores ingleses, que era considerada imbatível.

Em 1916, iniciou-se o grande feito do América, que sagrou-se campeão estadual do ano e por mais nove anos a seguir, tornando-se o primeiro clube de futebol do mundo deca-campeão de um torneio.

Time que iniciou o decacampeonato
Clique a imagem para acessar a original.
1922 é o ano em que o clube inaugurou o seu primeiro estádio e em 1948 deu-se a inauguração do estádio Otacílio Negrão de Lima, conquistando também no ano, o clube, o campeonato estadual.

Em 1964 ocorre um fato desagradável na administração do clube, o fechamento do departamento juvenil. O fechamento durou apenas 1 ano, mas foi o suficiente para fazer o América perder para o Cruzeiro jogadores como Tostão, que participaria de uma das melhores equipes formadas pelo rival e faria parte do escrete titular que traria do México o tricampeonato mundial de futebol de seleções nacionais, além da posição de principal rival do Atlético, com quem fazia o até então chamado "Clássico das multidões".

Em 1973, o América fez um ótimo Campeonato Brasileiro, terminando na sétima posição, mas a situação financeira difícil assombrava, obrigando o clube a vender o seu estádio. Crise amargada por 22 anos.


Ao final dos anos de 1980 ocorreu a reversão dos tempos difíceis com a chegada ao clube de administradores modernos e competentes. O América alcança títulos e bons resultados em campeonatos de futebol em várias categorias.

Em 1993, o América ocupou a 14ª posição na classificação final de um Campeonato Brasileiro disputado por 32 equipes e ainda assim foi rebaixado. Inconformados, os dirigentes do clube foram à Justiça Comum para tentar resolver a questão, tendo sido punido, em função disso, a não participar das competições dirigidas pela CBF por dois anos.

Ocorre um período de grande instabilidade e o América vai parar nas três séries do Campeonato Brasileiro entre 1998 e 2011. Se sagrando o campeão da série em algumas vezes.

O América é um grande formador de craques. Foram formados no clube jogadores que serviram a grandes clubes brasileiros, do exterior e à Seleção Brasileira. Além do já citado Tostão, na relação constam Amaury Horta, Éder Aleixo, Palhinha, Euller, Gilberto Silva, Evanilson, Danilo e Fred, entre outros.


CONQUISTAS DO AMÉRICA
Profissional
Nacionais
- Campeonato Brasileiro Série B (1997)
- Campeonato Brasileiro Série C (2009)

Regionais
- Copa Sul-Minas (2000)
- Torneiro Quadrangular de Belo Horizonte (1948)

Estaduais
- Campeonato Mineiro (1916, 1917, 1918, 1919, 1920, 1921, 1922, 1923, 1924, 1925, 1948,1957, 1971, 1993 e 2001)
- Campeonato Mineiro - Módulo II (2008)
- Taça Minas Gerais (2005)
- Torneiro Início (1917, 1918, 1919, 1920, 1921, 1924, 1925, 1927, 1933, 1936, 1945, 1955 e 1957)

Categorias de Base
Internacionais
- Taça Feyenoord de Juniores (Países Baixos/2002)
- Stemwede Cup de Juniores (Alemanha/2004)
- Torneio de Kerkrade de Juniores (Países Baixos/2007)
- Torneio de Altsttaten de Juniores (Suiça/2008)
- Norhalne Cup de Juvenis (Dinamarca/2009)
- Torneio Dexter's Brazilian Football Academy (Caribe/2012)

Nacionais
- Campeonato Brasileiro de Futebol Sub-20 (2011)
- Copa São Paulo de Futebol Júnior (1996)
- Taça Londrina de Juniores (1997)
- Taça Belo Horizonte de Futebol Júnior (2000)
- Copa Gazetinha de Futebol de Pré-Infantis (2009)

Estaduais
- Campeonato Mineiro de Juniores (1957, 1996, 1997, 2000, 2002, 2004, 2008 e 2009)
- Copa Integração de Juniores (2009)
- Taça Minas Gerais de Juniores (2001)
- Campeonato Mineiro de Juvenis (1974, 1997 e 2003)
- Campeonato Mineiro de Infantis (1981, 2001, 2003, 2004 e 2008)
- Copa Integração de Infantis (2009)
- Campeonato Mineiro de Pré-Infantis (2008)
- Copa Integração de Pré-Infantis (2009)

FONTE DA ADAPTAÇÃO DO TEXTO E DAS IMAGENS: http://www.americamineiro.com.br/

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Comida Di Buteco

Durante um bom tempo, a capital mineira recebeu o título de "A cidade dos bares e dos botequins" devido ao recorde de tempo gasto pela população farrista em um ambiente assim. É tão notável a apreciação do belohorizontino por um boteco, que até um copo específico para se tomar cerveja, a bebida vedete dos bares, tem sua história de fundação vinculada à cidade: o copo Lagoinha. E para quem gasta parte de seu tempo no aconchego de um bar, um dos atrativos são os diferentes tira-gostos que o proprietário ou sua cozinheira preparam para oferecer um atrativo a mais para as horas de lazer gastas no estabelecimento. Cada bar tem seu prato ou o seu preparo, o que faz com que o identifique e caia nas graças dos boêmios. Foi com esta premissa que nasceu, em 1999, o Comida Di Buteco, um evento gastronômico recorrente e que já pode ser considerado uma anotação obrigatória na agenda de um bom mineiro.

 O carioca Eduardo Maya, criador do evento. 
Clique a imagem para acessar o original.

O Comida Di Buteco foi criado pelo produtor e apresentador de rádio Eduardo Maya, que na época do surgimento do evento apresentava o programa "Momento gourmet", que ia ao ar pela Rádio Geraes. A idéia era premiar bares e o primeiro colocado, durante 1 ano, desfrutaria do título de vencedor do concurso – e, portanto, melhor bar da cidade –, tornando-se conhecido (ou mais conhecido) e aumentando a clientela, ávida em degustar o prato campeão.

A emissora de rádio serviu também como uma grande aliada na implantação do projeto, atuando como âncora durante os três primeiros anos. Foi a diretora executiva da rádio na época, a publicitária Maria Eulália, quem batizou o festival.

Para entender o que se passava na cabeça de Eduardo, o projeto se desenrola assim: Durante 31 dias, geralmente no fim do outono ou começo do inverno, os bares inscritos no festival são visitados pelo público e por uma comitiva de jurados formada por profissionais da gastronomia, boêmios e formadores de opinião. Esses visitantes recebem uma cédula para dar uma nota quando pedem o prato inscrito no concurso. O prato campeão é aquele que obtém a maior votação.

O festival iniciou com 10 bares participantes e era limitado à cidade de Belo Horizonte. A partir de 2007, época em que o festival foi citado pelo jornal norteamericano The New York Times, o número de inscritos elevou-se e o número de cidades participantes também cresceu, levando os organizadores a criar uma variação do evento chamada "Circuito Minas". À partir de 2008 foi a vez de cidades de outros Estados – Rio de Janeiro, Goiás, Salvador, Sâo Paulo, Pará, Amazonas e Fortaleza – entrarem para o circuito.

 Prato vencedor 2011 do circuito BH,  
Sonho meu, do Bar do Zezé

A final do concurso – a saideira – acontece sempre em um lugar especial, onde todos os participantes se encontram e conta com a presença do público interessado em acompanhar. Durante o evento de despedida e premiação acontecem shows musicais e manifestações artísticas das mais variadas. Um bom programa para quem gosta de arte e gastronomia!

O site do evento é super atraente e possui informações interessantes e fáceis de assimilar sobre todas as edições do concurso. O festival tornou-se nacional e ganhou o título de ser o maior do Brasil na qualidade de concursos gastronômicos.

Link
Site oficial do Comida Di Boteco
PASSE O VERÃO LENDO UM CONTO QUE TE ENTRETERÁ COM UM ROMANCE INUSITADO, CENAS MÁGICAS VIVIDAS EM UM PARAÍSO TROPÍCAL E, DE QUEBRA, TE MOTIVARÁ A SAIR DE UMA VIDA DE SIMPLES COLABORADOR PARA VIVER A PARTIR DO ANO DE 2013 COMO UM GRANDE EMPREENDEDOR.

LEIA


A. A. Vítor

Participe da rede SellYourFish para praticar o que aprendeu
no livro e se relacionar com outros leitores

sábado, 21 de abril de 2012

Inconfidência Mineira

(...)
Atrás de portas fechadas,
à luz de velas acesas,
uns sugerem, uns recusam,
uns ouvem, uns aconselham.
Se a derrama for lançada,
há levante, com certeza.
Corre-se por essas ruas?
Corta-se alguma cabeça?
Do cimo de alguma escada,
profere-se alguma arenga?
Que bandeira se desdobra?
Com que figura ou legenda?
Coisas da Maçonaria,
do Paganismo ou da Igreja?
A Santíssima Trindade?
Um gênio a quebrar algemas?  
Versos de "O Romanceiro da Inconfidência", de Cecília Meireles.

 Se eu tivesse dez vidas, todas dez vidas eu daria”.
Palavras de Tiradentes momentos antes
do cumprimento da sua sentença. 

 Ilustrações que apresentam Tiradentes como alferes e como réu.

1789, durante o período denominado como "Ciclo do Ouro" no Brasil devido à grande extração do metal precioso, final do século XVIII, a vida administrativa e política do país ainda estavam nas mãos dos colonizadores portugueses, que se lançavam a terríveis abusos que dificultavam ainda mais a emancipação brasileira. 
 Variação da bandeira dos inconfidentes em 1789 (Wikipédia)

O povo em geral protestava contra os abusivos aumentos de impostos cobrados pela Coroa portuguesa, como o "quinto do ouro", que compreendia a 20% do metal extraído em suas colônias, registrados em "certificados de recolhimento" pelas casas de fundição, havendo severas punições, como o deporto para terras hostis africanas, aos sonegadores. Como se não bastasse, a metrópole havia decretado uma série de leis que viraram obstáculos ao desenvolvimento industrial e comercial do Brasil. No ano de 1785, por exemplo, Portugal decretou uma lei que proibia o funcionamento de industrias fabris em território brasileiro.
Visconde de Barbacena. Governador da Capitania das Minas Gerais na época da Inconfidência. Ordenou a devassa dos inconfidentes.
 Original em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28613.

Instauração da Devassa Ordenada
pelo Visconde de Barbacena (1789)

Autos de Devassa da Inconfidencia Mineira – Vol. 1 – 1936“Officio do Visconde de Barbacena, ordenado a instauração da Inquirição – Devassa da InconfidênciaPor ter chegado á minha noticia, que algumas Pessoas tinhão formado nesta Cappitania o temerário e abominável projecto de huma sublevação contra a Magestade, a legitima Soberania, da Rainha nossa Senhora que Deus guarde, e da sua Real Coroa, conjurandose entre si, pertendendo corromper a fidelidade do Povo e da Tropa, e uzando para o mesmo fim de outros preversos e horrorozos meios: Ordeno ao Dezembargador Ouvidor Geral e Corregedor desta Comarca, que autuadas as Denuncias ou representações, Cartas, e mais Papeis que lhe entrego, haja de proceder com toda a circunspecção e segredo possível á investigação e Inquirição Devassa deste gravíssimo Delicto sem determinado tempo ou numero de Testemunhas, escrevendo nella o Doutor Jozé Caetano Cezar Manitti Ouvidor Geral e Corregedor da Comarca do Sabará, que na conformidade das ordens de Sua Magestade tenho nomeado para Escrivão em todas as dilligencias, procedimentos, e Autos judiciaes concernentes ao exame deste importante negocio; e confio da fidelidade, intelligencia, actividade, e zelo pelo Real serviço, de hum e outro Ministro o completo desempenho delle, procurando conhecer não somente os Autores e cumpleces de tão execranda maldade, mas todo o perniciozo sistema e progresso della, e dandome parte de tudo, para eu occorrer continuadamente com todo o auxilio e providencias que forem necessarias.Villa Rica 12 de Junho de 1789”.Obs: Foi respeitada fielmente a orthographia dos originaes.

Original em: http://www.descubraminas.com.br/MinasGerais/Pagina.aspx?cod_pgi=712

"Prisão de Tiradentes", por Antônio Diogo da Silva Parreiras.

Voltando ao ouro, a prática excessiva da extração fez com que as jazidas diminuissem, porém, tal condição não causava o mesmo efeito na cobrança dos impostos. Foi quando Portugal criou a "derrama do ouro", que exigia de cada região exploradora a transferência anual de 100 arrobas (1500kg) em favor da metrópole. A insuficiência da extração dificultava o cumprimento da meta na maioria das regiões. Portugal mandava soldados entrarem nas casas para buscar pertences das pessoas para completar o valor.
 Óleo sobre tela de Leopoldino de Faria (1836-1911) retratando
a Resposta de Tiradentes à comutação da pena de morte dos Inconfidentes. (Wikipédia)

A população se aborrecia com a audácia portuguesa; fazendeiros e donos de minas reivindicavam participação na vida política do país, além da diminuição dos impostos; e até membros da elite brasileira da época, formada por intelectuais, militares e os já citados fazendeiros e donos de minas, influenciados pelas idéias de liberdade que vinham do Iluminismo europeu, começaram a se reunir às ocultas, em porões das construções de Vila Rica (atual Ouro Preto) para encontrar uma solução para o problema, além de batalhar pela proclamação da Independência do país, o que trataria de ser uma resolução definitiva para a relação de colônia de Portugal que o Brasil se mantinha e que já não se compreendia.

Representação dos inconfidentes Cláudio Manuel, Inácio Alvarenga e Tomás Gonzaga

Vários inconfidentes ficaram conhecidos e há muitas versões para a história de cada um contadas nos livros de histórias da Atualidade. O alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, se tornou um símbolo desse movimento e também um herói nacional. Liderou um grupo formado pelos poetas Tomás Antonio Gonzaga (de Marília de Dirceu e Cartas Chilenas) e Cláudio Manuel da Costa, poeta neoclássico, natural de Vila do Ribeirão do Carmo, Minas Gerais, atual Mariana, também foi advogado de prestígio, o dono de mina Inácio de Alvarenga Peixoto, o padre Rolim (José da Silva e Oliveira Rolim), homem rico e de caráter contestável, filho de um contratador de diamantes da cidade de Diamantina, que procurou carreira eclesiástica para se livrar de processos criminais, conforme alguns ditos históricos (em http://passadicovirtual.blogspot.com.br/2009/03/o-devasso-padre-rolim.html), entre outros representantes da elite mineira. A idéia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país (alguns estudos dizem que esta república seria regional apenas), deixando de lado em suas reivindicações a questão da escravidão. A Independência do Brasil só aconteceria em 7 de setembro de 1822, 33 anos depois, devido a vários fatores que se acumularam, entre eles a insurreição dos inconfidentes.

Bandeira da Conjuração Mineira
Os inconfidentes chegaram a marcar o dia da insurreição, que seria em um dia em que a derrama fosse executada, a fim de poderem contar também com o apoio de parte da população revoltada, e a definir uma nova bandeira para o Brasil, composta por um triangulo vermelho em um fundo branco, com a inscrição em latim: "Libertas Quae Sera Tamen" (Liberdade ainda que Tardia).Símbolo que mais tarde se transformaria na bandeira do Estado das Minas Gerais.

Trabalho estudantil que traz informações sobre a Inconfidência Mineira, Tomaz Gonzaga e Marília de Dirceu

Representação de Silvério dos Reis.

Um recibo passado em 1785 por Joaquim Silvério dos Reis,o delator da Inconfidência Mineira.Menciona um dos outros delatores:  Inácio Pamplona.(Documento reproduzido de coleção particular) 
Original em http://buratto.org/gens/gn_documentos5.html
Martírio de Tiradentes,
óleo sobre tela de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo 
(1854 — 1916). (Wikipédia)

O levante foi impedido graças à traição de um dos inconfidentes, convidado de Francisco Antônio de Oliveira Lopes, o português Joaquim Silvério dos Reis Montenegro Leiria Grutes, que era Coronel Comandante do Regimento de Cavalaria Auxiliar de Borda do Campo, contratador de entradas, fazendeiro e proprietário de minas, porém falido, que delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em troca do perdão de suas dívidas com a Coroa, ocasionando na prisão de todos eles. No Rio de Janeiro, capital do Brasil na ocasião, eles foram acusados pelo crime de infidelidade ao rei. Alguns inconfidentes ganharam como punição o degredo para a África, enquanto outros apenas penas menores que para alguns pode ser cumprida em meio nobre como a Casa dos Contos de Vila Rica. Somente Tiradentes, por assumir a liderança do movimento (ou por não possuir tanta riqueza, como querem uns), foi condenado a forca em praça pública.

Casa dos Contos de Vila Rica (Ouro Preto - MG)

"Portanto condenam o réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi do Regimento pago da Capitania de Minas, a que, com baraço e pregão seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela morra morte natural para sempre, e que depois de morto lhe seja cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde no lugar mais público dela, será pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, e pregados em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios das maiores povoações, até que o tempo também os consuma, declaram o réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, e os seus bens aplicam para o Fisco e Câmara Real, e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão se edifique, e não sendo própria será avaliada e paga a seu dono pelos bens confiscados, e mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infâmia deste abominável réu; [...]"
Em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradentes


O quadro "A leitura da sentença de Tiradentes"
 (óleo sobre tela de Leopoldino Faria): 
Portugal utilizava a violência como instrumento repressivo.
original em: 
http://www.brasilescola.com/historiab/inconfidencia-mineira.htm

O episódio da Inconfidência Mineira (também conhecida como Conjuração Mineira) é bastante atacado como a ter sido um fato histórico de grande contribuição para a independência do Brasil dos domínios portugueses. Percebe-se na literatura documentarista muita controvérsia entre os próprios historiadores, dificultando com isto uma possível conclusão dos fatos. Embora tivesse fracassada, foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. Destacou a luta do povo brasileiro pela liberdade, se opondo à opressão do governo português no Período Colonial.
Tiradentes Esquartejado, em tela de Pedro Américo (1893)
Acervo: Museu Mariano Procópio. (Wikipédia)

FONTES DA PESQUISA DE TEXTO

FONTES DAS IMAGENS: Creditadas no local.

REFERÊNCIAS.
O Romanceiro da Inconfidência. Livro poético de Cecília Meireles. Escrito em 1953.
Tiradentes. O filme de Oswaldo Caldeira, de 1999, trás uma visão mais recente do movimento e sobre a sentença dos conjurados. Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=-fW8Tri3kGc


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A. A. Vítor

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quarta-feira, 21 de março de 2012

Um passeio em Caxambu

O Dr. Emmett Brown fez um ajuste na jardineira e fizemos uma viagem no tempo. Paramos em um terreno montanhoso e rico em águas ferruginosas. Um bom clima de montanha e ainda se ouvia índios cataguases pronunciando Catã-mbu para nos dizer que tais águas borbulhavam.
Uma pane nos circuitos e fomos levados um pouco adiante: a princesa Isabel buscava solução para seu problema de infertilidade: as águas. Desejo cumprido e com ele a construção de uma Igreja, Santa Isabel, em estilo neogótico, em razão do cumprimento de uma promessa. Era o ano de 1868.


A pane nos levou bem adiante. Podemos ver Alberto Curi, um filho da cidade, partindo para o Rio de Janeiro para se tornar um radialista famoso. O irmão dele, Jorge Curi, vai trabalhar nas rádios Tupi, Nacional e Globo, narra Copas do Mundo e apresenta o programa de calouros: A Hora do Pato.

Enquanto que o outro irmão, Ivon Curi, virará cantor e ator da Cinédia e dos primeiros programas de Renato Aragão: "pela peruca do Ivon Curi".

De volta ao futuro, rodamos com a jardineira pelas ruas de Caxambu, apreciando um conjunto arquitetônico, bem paisagístico e muito bonito, que data de 1880.

A cidade dista 382km da Capital mineira e abriga cerca de 21000 caxambuenses.

Dentre seus pontos turísticos, o Parque das Águas, é o maior, mas a cidade ainda oferece bom divertimento e apreensão de cultura em visitas a Igreja Matriz, que data de 1892, e a já citada Igreja de Santa Isabel de Hungria, construída após a visita da princesa e do conde D'eu. Outros locais para se visitar são o horto, há diversas praças, o Centro de Convenções e o famoso Hotel Glória. É recomendado o passeio de teleférico até o Morro de Caxambu.

Hotel Glória
Passeio de teleférico

Do Morro de Caxambu, a 186m acima do Parque e 1090m de altitude. se avista a cidade de Baependi e as serras próximas.Há uma estátua do Redentor, de 15m, que data de 1961, e o Cruzeiro, que é de 1929. São monumentos comuns de se encontrar pelos interiores de Minas, mas nem por isto dispensáveis de se visitar.

 Parque das Águas
Originais em https://olhares.uol.com.br/
O Parque das Águas, patrimônio Histórico e Artístico tombado pelo IEPHA, possui 210.000m2 de área, 12 fontes de águas minerais e um lago. As águas das fontes têm alto poder diurético e desintoxicante, com propriedades químicas diferentes umas das outras, fluem sem cessar. Ferruginosas, foram delas que a princesa foi provar e buscar a cura para a sua infertilidade. As fontes recebem denominações:há a da fertilidade; a da saúde; a da riqueza. Brincadeiras com pedalinhos e barcos alugados nas margens do lago, que é raso em alguns pontos e barrento, são possíveis. O clima da cidade gira em torno de 21º C.

Oriente-se conosco antes de fechar qualquer negócio!


Caxambu faz parte de um programa de turismo em Minas chamado Circuito das Águas, formado por estâncias hidrominerais.Um tipo de turismo recente e entre outras cidades incluem-se: São Lourenço, Baependi e Poços de Caldas.

FOTOS: Originais em https://www.abn.com.br/
POSTAGENS: Originais em https://twitter.com/opinoaberto
PESQUISA: https://www.ferias.tur.br/informacoes/2918/caxambu-mg.html

Dr. Emmett Brown é uma referência ao filme De Volta para o Futuro (Back To The Future. EUA, 1985. Direção de Robert Zemeckis) que se conecta à cidade de Caxambu devido à sua grande vocação de garantir ao visitante uma volta ao passado.

Prefeituras: Interessando antecipar a entrada da sua cidade aqui no Minaspédia, entre em contato conosco através do e-mail olegalzao@gmail.com.
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A. A. Vítor

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quinta-feira, 15 de março de 2012

Sepultura

Criada em 1983 pelos irmãos Max e Igor Cavalera e alguns amigos de escola, num cenário de bastante culto ao heavy metal, gênero do rock, em Belo Horizonte, Minas Gerais, o Sepultura é considerada a mais bem sucedida banda brasileira no campo internacional.

Formação clássica da banda.
A primeira formação da banda contava com Paulo Jr. no baixo, Igor Cavalera na bateria, Max Cavalera, guitarrista, e Wagner Lamounier, que tocava guitarra e fazia o vocal. este deixou a banda em 1985 e formou o Sarcófago, um grande rival do Sepultura naqueles idos de fama local apenas e de pequenos shows nos espaços alternativos de BH, como o DCE da UFMG, onde era possível ver essas duas bandas se juntarem a outras como a Armagedon e fazerem grandes apresentações para uma pequena platéia trajada com as vestimentas e utensílios que compunham o estilo na época. Com a saída de Wagner, Max assumiu os vocais e mais um integrante, Jairo Guedez, entra para ser o segundo guitarrista.


O nome Sepultura foi escolhido por Max Cavalera que se inspirou em uma canção do Motörhead chamada "Dancing on Your Grave". E as influências da banda foram bem sortidas: black metal, death metal, thrash metal e até  ritmos menos identificados com a sonoridade mais habitual do rock como a música tribal africana e japonesa, a música indígena e o encontro das guitarras fortes com a percussão típica da música baiana.
Formação atual do Sepultura

Foi no ano de 1984 que o grupo começou a ampliar seu horizonte, devido a um contrato com a Cogumelo Records, graças ao fato de o dono da antiga loja de discos do início dos anos 80 e na ocasião já gravadora ter ido assistir a um show dos rapazes. O primeiro trabalho gravado para a Cogumelo Records, em apenas dois dias, foi intitulado "Bestial Devastation" e teve a participação da banda Overdose, que prensou no lado oposto seu álbum "Século XX". O disco foi lançado em 1985 e o Sepultura saiu em turnê para fazer a divulgação.

Em 1987, o Sepultura já havia gravado mais duas vezes pela Cogumelo Records e processado a gravadora Shark, que gravou seus álbuns fora do Brasil sem autorização. Andreas Kisser, que já flertava com o Sepultura, substituiu Jairo e se conhece uma formação que duraria dez anos. Eles gravam o último e mais bem sucedido álbum pela gravadora de origem, o LP "Schizophrenia", o qual vendeu dez mil cópias logo nas primeiras semanas de seu lançamento, e provocou o interesse de uma gravadora norte-americana, a New Renaissance, que o lançou nos Estados Unidos. Na Europa, o velho problema da produção pirata ressurgiu e o Sepultura não pode se valer de seus direitos autorais em mais de trinta mil cópias vendidas por lá.

Como nem tudo são farpas, apareceu em 1989 a Roadrunner Records, um contrato de sete anos com ela e a produção pelas mãos do produtor americano Scott Burns do mellhor álbum da banda até então, "Beneath the Remains", que já vendeu, até hoje, cerca de oitocentas mil cópias e rendeu comparações com álbuns de grandes bandas como o Slayer e uma turnê internacional - Estados Unidos, México e Áustria - ao lado do Sodom, que lhes causou bastante aborrecimentos. Estes acontecimentos foram o estopim para que a banda ganhasse o mundo e vendesse cerca de 20 milhões de unidades de seus trabalhos sonoros ao longo do tempo. Cifra que rendeu também à banda múltiplos discos de ouro e platina em todo o mundo: França, Austrália, Indonésia, Estados Unidos e Brasil.
Apresentação da banda no Dynamo Open Air Festival
1990, vários shows foram agendados, incluindo no Dynamo Open Air Festival, que marcou cerca de 26 mil pagantes. Surge a empresária do Sacred Reich, Gloria Bujnowski, para lhes prestar serviços. Eles fazem relançamentos de velhos trabalhos, remixando-os. A Cogumelo Records aproveita para fazer também o relançamento de um dos álbuns do Sepultura que ainda existia em seu catálogo. Outras turnês aconteceram, possibilitando a banda entrar de vez na mídia internacional, a gravar videoclipes, tocar em Berlim ainda em tempos de muro erguido, se encontrar com o conterrâneo "Rei do futebol" Pelé e a conhecer artistas que eram suas referências como o líder do Motohead, Lemmy Kilmister, e o Metallica.


Em 1991 a banda participa do Rock in Rio daquele ano na chamada "noite dos metaleiros", que ficou famosa por causa de um incidente envolvendo o músico Lobão, e gravou o álbum "Arise", que começou vendendo aproximadamente 160 mil cópias nas oito primeiras semanas do lançamento, chegando, ao final da turnê de divulgação do disco, a mais de 1 milhão de exemplares vendidos, figurando na parada da Billboard das duzentas mais na posição 119. Este álbum é o mais cultuado do Sepultura. Nesse tempo, a banda também sofreu uma degradação de imagem do seu público devido ao assassinato de um rapaz durante um show gratuíto visto por aproximadamente 40 mil pessoas, que aconteceu na Praça Charles Muller em São Paulo.
O Sepultura colheu bastante frutos com o advento do álbum "Arise". Tocou em lugares impensáveis como na Grécia e no Japão e ajeitou alguns marcos como o de ser a primeira banda de metal da América Latina a se apresentar no tradicional festival Monsters of Rock, no Donington Park, Inglaterra, para cerca de 50 mil pessoas, e a se apresentar na Russia.
Sepultura canta "Nomad Kaiowas" no Monsters of Rock de 1994
A banda volta ao Brasil para tocar no Hollywood Rock, sob abaixo assinado dos fãs por causa do incidente na Praça Charles Muller, lança o álbum "Roots" em 1996, bastante experimental, conta com a participação do músico e cantor baiano Carlinhos Brown na canção "Ratamahatta", e com a presença ao longo do disco de percussão, berimbau e batidas tribais. O disco contém ainda duas músicas gravadas conjuntamente com os índios xavantes Jasco e Itsari, no Mato Grosso. Figura na vigésima terceira posição da lista dos vinte e cinco álbuns de heavy metal mais influentes da história.

Apresentação do Sepultura no Hollywood Rock de 1994
Ainda em 1996, uma reunião de integrantes da banda decide afastar a empresária Gloria Cavalera, sob a alegação de estar ela a dar ênfase apenas ao marido, Max Cavalera, o que culmina na saída também do vocalista, um dos fundadores da banda, ocasionando uma mudança brusca no destino do Sepultura, que se manteve recluso da cena do heavy metal enquanto decidiam o rumo a tomar. Testaram mover Andreas Kisser para o vocal, mas ele não se adaptou. Fizeram então uma espécie de concurso para escolher um novo vocalista, grande quantidade de fitas-demo apareceram no escritório da Roadrunner para serem analisadas, mas a escolha aconteceu no Brasil. A vaga ficou com o negro Derrick Green, graças à sua simpatia e afinidade com os demais integrantes do conjunto musical. O Sepultura vai, então, em maio, gravar no Japão juntamente com uma banda de lá, a Kodô, uma das faixas do novo álbum e em agosto participa de um espetáculo solidário para angariar fundos e comida para pessoas necessitadas designado "Barulho Contra a Fome", no dia 15 de agosto de 1998 no Anhembi em São Paulo, show que marcou a estréia do vocalista Dereck Green.

Em 2001, novamente o Sepultura marca presença na versão do Rock in Rio daquele ano.


Em 2006 o Sepultura lançou seu décimo trabalho de estúdio, "Dante XXI", inspirado na obra "Divina Comédia" de Dante Alighieri e anunciado como uma espécie de trilha sonora para o livro. O álbum vai muito além do que o Sepultura acostumou a experimentar no mundo do heavy metal, aparecendo instrumentos bem estranhos ao gênero como piano e violão celo. O disco aponta Igor Cavalera nos créditos, mas no entanto, Igor, cansado, também deixou a banda desde então. Em seu lugar entrou o mineiro, natural de Uberaba, Jean Dolabella. A turnê desse álbum passou por vários países, inclusive a Índia, contabilizando mais de cem shows. Alguns desses como participação em festivais tradicionais no Brasil como o "Abril pro Rock" de Recife e o "Porão do Rock" de Brasília.

Em 2011, o Sepultura voltou a se apresentar no Rock in Rio. A formação de então do Sepultura: Derrick Green, Andreas Kisser, Paulo Jr. e Eloy Casagrande.

DISCOGRAFIA

Álbuns, EPs, singles 
Bestial Devastation (Split LP com Overdose, 1985)
Vídeo raro dos tempos de Belo Horizonte
 1. The Curse
2. Bestial Devastation
3. Antichrist
4. Necromancer
5. Warriors Of Death
Morbid Visions (Álbum, 1986)
1. Morbid Visions
2. Mayhem
3. Troops of Doom
4. War
5. Crucifixion
6. Show Me the Wrath
7. Funeral Rites
8. Empire of the Damned

Schizophrenia (Álbum, 1987)
1. Intro
2. From the Past Comes the Storms
3. To The Wall
4. 
Escape to the Void
5. Inquisition Symphony
6. Screams Behind The Shadows
7. Septic Schizo
8. The Abyss
9. R.I.P. (Rest In Pain)
10. Troops of Doom (Re-recorded Version)
11. The Past Reborns the Storms (Demo Version)
12. Septic Schizo (Rough Mix)
13. To The Wall (Rough Mix)

Beneath the Remains (Álbum, 1989) 
(A música "Inner Self" constante neste álbum deu origem ao primeiro videoclipe da banda)
1. Beneath the Remains
2. Inner Self
3. Stronger Than Hate
4. Mass Hypnosis
5. Sarcastic Existence
6. Slaves of Pain
7. Lobotomy
8. Hungry
9. Primitive Future
10. A Hora e a Vez do Cabelo Nascer (cover dos Mutantes)
11. Inner Self (Drums track)
12. Mass Hypnosis (Drums track)
Arise (Álbum, 1991) 
1. Arise
2. Dead Embryonic Cells
3. Desperate Cry
4. Murder
5. Subtraction
6. Altered State
7. Under Siege (Regnum Irae)
8. Meaningless Movements
9. Infected Voice
10. Orgasmatron (cover do Motörhead)
11. Intro
12. C.I.U. (Criminals In Uniforms)
13. Desperate Cry (Scott Burns mix)
Arise (Single, 1991)
Dead Embryonic Cells (Single, 1991)
Under Siege (Regnum Irae) (Single, 1991)

1. Under Siege (Regnum Irae)
2. Orgasmatron (Motörhead cover)
3. Troops of Doom

Third World Posse (EP lançado apenas na Austrália, 1992)
Chaos A.D. (Álbum, 1993)

1. Refuse/Resist
2. Territory
3. Slave New World
4. Amen
5. Kaiowas
6. Propaganda
7. Biotech Is Godzilla
8. Nomad
9. We Who Are Not As Others
10. Manifest
11. The Hunt (cover do New Model Army)
12. Clenched Fist
13. Chaos B. C.
14. Kaiowas (Tribal Jam)
15. Territory (ao vivo)
16. Amen/Inner Self (ao vivo)
17. Polícia (cover dos Titãs)
Territory (Single, 1993) (O videoclipe da faixa título foi eleito o melhor do ano pela MTV e deu o prêmio "Astronauta de prata" para a banda)

Refuse/Resist (Single, 1994)
Slave New World (Single, 1994)
Roots (Álbum, 1996)

1. Roots Bloody Roots
2. Attitude
3. Cut Throat
4. Ratamahatta
5. Breed
6. Straighthate
7. Spit
8. Lookaway
9. Dusted
10. Born Stubborn
11. Jasco
12. Itsári
13. Ambush
14. Endangered Species
15. Dictatorshit
16. Canyon Jam
17. Procreation (Of the Wicked) (cover do Celtic Frost)
18. Symptom Of The Universe (cover do Black Sabbath)
        
The Roots of Sepultura (EP duplo, CD 1: 'Roots' / CD 2: Faixas raras, 1996)
Ratamahatta (Single, 1996)

Attitude (Single, 1996)
Na capa do single, tatuagens de fãs da banda
Roots Bloody Roots (Single, 1996)


Blood-Rooted (EP, 1997)
1. Procreation (of the Wicked) (cover do Celtic Frost)
2. Inhuman Nature (cover do Final Conflict)
3. Polícia (cover dos Titãs)
4. War (cover do Bob Marley)
5. Crucificados Pelo Sistema (cover do Ratos de Porão)
6. Symptom of the Universe (cover do Black Sabbath)
7. Mine
8. Lookaway (Master Vibe mix)
9. Dusted (versão demo)
10. Roots Bloody Roots (versão demo)
11. Drug Me (cover do Dead Kennedys)
12. Refuse/Resist (ao vivo)
13. Slave New World (ao vivo)
14. Propaganda (ao vivo) – 3:26
15. Beneath the Remains/Escape to the Void (ao vivo)
16. Kaiowas (ao vivo)
17. Clenched Fist (ao vivo)
18. Biotech Is Godzilla (ao vivo)
B-Sides (EP, 1997)
1. Ratamahatta (Edit)
2. Amen (ao vivo)
3. War (cover do Bob Marley)
4. Inner Self (ao vivo)
5. Chaos B.C.
6. Kaiowas (Tribal Jam)
7. Mine
8. Clenched Fist (ao vivo)
9. Lookaway (Master Vibe mix)
10. Biotech Is Godzilla (ao vivo)
11. Dusted (versão demo)
12. Roots Bloody Roots (versão demo)
13. Kaiowas (ao vivo)
14. Refuse/Resist (ao vivo)
15. Territory (ao vivo)
16. Slave New World (ao vivo)
17. Propaganda (ao vivo)
18. Beneath The Remains/Escape To The Void (ao vivo)

Against (Álbum, 1998)
1. Against
2. Choke
3. Rumors
4. Old Earth
5. Floaters In Mud
6. Boycott
7. Tribus
8. Common Bonds
9. F.O.E.
10. Reza
11. Unconscious
12. Kamaitachi
13. Drowned Out
14. Hatred Aside
15. T3rcermillennium
16. Gene Machine/Don´t Bother Me (cover do Bad Brains)
17. Prenúncio
Choke (Single, 1998)
Tribus (Single, 1999)
Against (Single, 1999)

Nation (Álbum, 2001) 

1. Sepulnation
2. Revolt
3. Border Wars
4. One Man Army
5. Vox Populi
6. The Ways Of Faith
7. Uma Cura
8. Who Must Die?
9. Saga 37
10. Tribe To A Nation
11. Politricks
12. Human Cause
13. Reject
14. Water
15. Valtio
16. Bela Lugosi´s Dead (cover do Bauhaus)
17. Annihillation (cover do Crucifixion)
18. Rise Above (cover do Black Flag)
19. Revolt (demo)
20. Roots Bloody Roots (ao vivo)

Under a Pale Grey Sky (Ao Vivo, 2002) 
 Cd.1
1. Itsári (Intro)
2. Roots Bloody Roots
3. Spit
4. Territory
5. Monólogo ao Pé do Ouvido (cover de Chico Science & Nação Zumbi)
6. Breed Apart
7. Attitude
8. Cut-Throat
9. Troops of Doom
10. Beneath the Remains/Mass Hypnosis
11. Born Stubborn
12. Desperate Cry
13. Necromancer
14. Dusted
15. Endangered Species

Cd.2
1. We Who Are Not As Others
2. Straighthate
3. Dictatorshit
4. Refuse/Resist
5. Arise/Dead Embryonic Cells
6. Slave New World
7. Biotech Is Godzilla
8. Inner Self
9. Polícia (cover dos Titãs)
10. We Gotta Know (cover do Cro-Mags)
11. Kaiowas
12. Ratamahatta
13. Orgasmatron (cover do Motörhead)
(O Sepultura não considera esse álbum um lançamento oficial)
Revolusongs (EP, 2002)
Roorback (Álbum, 2003)

1. Come Back Alive
2. Godless
3. Apes of God
4. More of the Same
5. Urge
6. Corrupted
7. As It Is
8. Mind War
9. Leech
10. The Rift
11. Bottomed Out
12. Activist
13. Outro
14. Bullet the Blue Sky

Live in São Paulo (Ao Vivo, 2005)
Dante XXI (Álbum, 2006)


1. Lost
2. Dark Wood of Error
3. Convicted in Life
4. City of Dis
5. False
6. Fighting On
7. Limbo
8. Ostia
9. Buried Words
10. Nuclear Seven
11. Repeating The Horror
12. Eunoé
13. Crown and Miter
14. Primium Mobile
15. Still Flame
16. Mindwar (ao vivo)
17. False (versão demo)

The Best of Sepultura (Coletânea, 2006) 
(O Sepultura não considera esse álbum um lançamento oficial)
A-Lex (Álbum, 2009) (Tematizado no filme "A laranja mecânica", o primeiro sem Igor na bateria)

1. A-Lex I
2. Moloko Mesto
3. Filthy Rot
4. We´ve Lost You
5. What I Do!
6. A-Lex II
7. The Treatment
8. Metamorphosis
9. Sadistic Values
10. Forceful Behavior
11. Conform
12. A-Lex III
13. The Experiment
14. Strike
15. Enough Said
16. Ludwig Van
17. A-Lex IV
18. Paradox

Kairos (Álbum, 2011)
01 – Spectrum
02 – Kairos
03 – Relentless
04 – 2011
05 – Just One Fix
06 – Dialog
07 – Mask
08 – 1433
09 – Seethe
10 – Born Strong
11 – Embrace The Storm
12 – 5772
13 – No One Will Stand
14 – Structure Violence (Azzes)
15 – 4648
16 – Firestater (The Prodigy Cover) (Bonus Track)
17 – Point Of No Return (Bonus Track)
A página da banda na "Wikipédia, a enciclopédia livre" contém a discografia acima e todas as fontes consultadas para a produção do texto.

Site oficial do Sepultura: http://sepultura.uol.com.br/